"Há almas que têm
as dores secretas,
as portas abertas
sempre pra dor.
Há almas que têm
juízo e vontades,
alguma bondade
e algum amor.
Há almas que têm
espaços vazios,
amores vadios,
restos de emoção.
Há almas que têm
a mais louca alegria,
que é quase agonia,
quase profissão...
A minha alma tem
um corpo moreno,
nem sempre sereno,
nem sempre explosão.
Feliz esta alma
que vive comigo,
que vai onde eu sigo
o meu coração "
Quem assistiu ontem ao debate na redetv, teve a oportunidade de observar que Serra é super cara de pau...Mestre em levantar acusações, mas sempre tenta se esquivar quando a batata tá na mão dele...Ao ser interrogado pela repórter Renata Lopreti da folha, sobre o fato da filha de Paulo PRETO trabalhar no palácio do governo de São Paulo...Ele simplesmente ignorou a pergunta , o que mostra que ele não é só especialista em mentir, como também mestre em omitir os fatos. A cada dia ele deixa a máscara cair...Cadê o homem honesto, coerente e verdadeiro?
Já a candidata Dilma mostrou que é uma mulher digna, pois apesar de ser acusuda de uma porção de coisas sem fundamento, não quis utilizar os mesmo métodos de seu adversário para ganhar eleição...Ela bem que teve a oportunidade de explorar o assunto do momento(O Aborto de Mônica Serra),mas não o fez.
São essas atitudes que me fazem ter orgulho dela... É essa postura que vai torná-la um dos melhores presidentes que o Brasil já teve.
Obviamente que o PIG( vulgo imprensa marron) , só publica o que lhes interessa...E a cada dia a coisa está mais descarada...Algumas pessoas já se deram conta desse triste fato, e por esse motivo parte da imprensa começa a perder credibilidade ante a opinião pública. É visível a orquestração de uma "facção" tendenciosa que quer a todo custo impor o "ôba-ôba" no povo, através da televisão e dos jornais e até mesmo da internet , publicando apenas o que convém. Isto é vergonhosamente anti-patriótico.
E como se não fosse o bastante, usam do sagrado princípio da religiosidade Cristã, para querer impor a interpretação dos fatos a sua maneira , manipulando-os e impedindo desta forma que o cidadão possa decidir sozinho, sobre o que é e não é bom para o País...Estes são os verdadeiros "anti-Cristos", lobos em pele de cordeiros.
Sabem o que eles priorizam mesmo? A elite no poder , o poder nas mãos de poucos, por isso tentam a todo custo monopolizar até o direito ao conhecimento. Esses tucanos nunca tiveram amor a pátria... estão apenas de olho na Amazônia , no pré-sal e na Petrobrás...De olho nas riquezas desta nação.
Portanto não sejam hipócritas , coloquem-se a par dos acontecimentos, investiguem, comparem os dois governos e não deixe que a história nazifacistas se repita aqui. Eleger Serra como presidente seria o mesmo que voltar ao imperialismo...Pior que isso, é uma Ditadura maquiada!
Outro holocaustro a humanidade não suportaria...--Que DEUS nos ajude!
"Meu partido É um coração partido E as ilusões Estão todas perdidas Os meus sonhos Foram todos vendidos Tão barato Que eu nem acredito Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto Que ia mudar o mundo Mudar o mundo Frequenta agora As festas do "Grand Monde"...
Meus heróis Morreram de overdose Meus inimigos Estão no poder Ideologia! Eu quero uma pra viver Ideologia! Eu quero uma pra viver..."
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Nos dias de hoje é bom que se proteja Ofereça a face pra quem quer que seja Nos dias de hoje esteja tranqüilo Haja o que houver pense nos seus filhos
Não ande nos bares, esqueça os amigos Não pare nas praças, não corra perigo Não fale do medo que temos da vida Não ponha o dedo na nossa ferida
Nos dias de hoje não lhes dê motivo Porque na verdade eu te quero vivo Tenha paciência, Deus está contigo Deus está conosco até o pescoço
Já está escrito, já está previsto Por todas as videntes, pelas cartomantes Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas No jogo dos búzios e nas profecias
Cai o rei de Espadas Cai o rei de Ouros Cai o rei de Paus Cai não fica nada.
Histórico: Conforme o próprio Ivan Lins, essa música chamava Está Tudo nas Cartas: “Uma jornalista da revista Veja usou uma declaração do meu parceiro, Vitor Martins, que ele deu em off, e ela publicou. Nessa declaração o Vitor não falava boas coisas sobre o chefe da Censura Federal, mas isso não fazia parte da entrevista. Essa jornalista traiu o Vitor. Ela fez isso com a intenção de prejudicá-lo e fazer sensacionalismo. Eu nem quero falar o nome dela, mas é uma pessoa bastante conhecida aqui em São Paulo. Depois dessa entrevista do Vitor, Está Tudo nas Cartas entrou na lista de “vetada definitivamente” pela censura. Só que a gravação já estava pronta na voz da Elis Regina. Alguém da gravadora Phillips foi à Brasília e conseguiu liberar a música, mas com uma condição: era preciso mexer no título. Mudamos pra Cartomante. A Rosalyn Carter, esposa do presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, recebeu cartas da presidente do comitê feminino dos Direitos Humanos falando sobre os direitos humanos no Brasil. O nome da música Está Tudo nas Cartas ficou parecendo que a gente estava insinuando alguma coisa sobre essas cartas que foram entregues pra Rosalyn. Na época, isso deu uma confusão danada. Misteriosamente, liberaram a música com a condição de alterarmos o título.”.
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Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos (Roberto Carlos – 1971) Intérprete: Caetano Veloso
Um dia a areia branca Seus pés irão tocar E vai molhar seus cabelos A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir Pra ver você chegar E ao se sentir em casa Sorrindo vai chorar Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar De um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade De ficar mais um instante As luzes e o colorido Que você vê agora Nas ruas por onde anda Na casa onde mora Você olha tudo e nada Lhe faz ficar contente Você só deseja agora Voltar pra sua gente Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar De um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade De ficar mais um instante Você anda pela tarde E o seu olhar tristonho Deixa sangrar no peito Uma saudade, um sonho Um dia vou ver você Chegando num sorriso Pisando a areia branca Que é seu paraíso Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar De um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade De ficar mais um instante
Histórico: Sim! A composição desta música é de Roberto Carlos. E não, ela não foi dedicada a nenhuma mulher. O “rei” Roberto compôs esta música para o amigo Caetano Veloso que estava exilado em Londres. Sabia das saudades que o amigo sentia de seu país e a dor e vazio por não poder voltar. Compôs então a música que, mais tarde se tornaria sucesso na voz do próprio Caetano. Nesta época muitos brasileiros viviam no exílio, ou seja, tiveram que fugir do Brasil por conta da forte repressão sofrida pelos órgãos de repressão da ditadura militar.
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O Bêbado e A Equilibrista (João Bosco / Aldir Blanc – 1979) Intérprete: Elis Regina
Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto Me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona do bordel, Pedia a cada estrela fria Um brilho de aluguel E nuvens, lá no mata-borrão do céu, Chupavam manchas torturadas, que sufoco! Louco, o bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil pra noite do Brasil. Meu Brasil. Que sonha com a volta do irmão do Henfil. Com tanta gente que partiu num rabo de foguete. Chora a nossa pátria mãe gentil, Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil. Mas sei que uma dor assim pungente Não há de ser inutilmente, a esperança Dança na corda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha pode se machucar Asas, a esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista Tem que continuar...
Histórico: Composta em 1979, tornou-se um símbolo da luta pela anistia. Pela volta dos exilados e pela abertura política do regime militar. Carlitos, personagem mais famoso de Charles Chaplin, representa a população oprimida, mas que ainda consegue manter o bom humor, denunciava as injustiças sociais de forma inteligente e engraçada. A Equilibrista dançando na corda bamba, de sombrinha, é a esperança de todo um povo. Henrique de Sousa Filho, conhecido como Henfil, foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro. Seu irmão, Herbert José de Sousa, conhecido como Betinho, foi um sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro; concebeu e dedicou-se ao projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida. Com o golpe militar, em 1964, mobilizou-se contra a ditadura, sem nunca esquecer as causas sociais. Mas, com o aumento da repressão, foi obrigado a se exilar no Chile em 1971.
Maria era mãe de Betinho (irmão de Henfil) e Clarice mulher do jornalista assassinado na ditadura Vladimir Herzog. Mas Marias e Clarisses, no plural, fazem referência às mães, talvez irmãs ou mulheres de pessoas que se foram, ou mesmo deixaram o nosso país, lutando por um ideal, um sonho, de ver o Brasil livre para a informação e para a expressão das artes.
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O Que Será (A Flor da Terra)
(Chico Buarque – 1976) Intérprete: Milton Nascimento / Chico Buarque O que será que será Que andam suspirando pelas alcovas Que andam sussurrando em versos e trovas Que andam combinando no breu das tocas Que anda nas cabeças, anda nas bocas Que andam acendendo velas nos becos Que estão falando alto pelos botecos Que gritam nos mercados, que com certeza Está na natureza, será que será O que não tem certeza nem nunca terá O que não tem conserto nem nunca terá O que não tem tamanho
O que será que será Que vive nas idéias desses amantes Que cantam os poetas mais delirantes Que juram os profetas embriagados Que está na romaria dos mutilados Que está na fantasia dos infelizes Que está no dia-a-dia das meretrizes No plano dos bandidos, dos desvalidos Em todos os sentidos, será que será O que não tem decência nem nunca terá O que não tem censura nem nunca terá O que não faz sentido
O que será que será Que todos os avisos não vão evitar Porque todos os risos vão desafiar Porque todos os sinos irão repicar Porque todos os hinos irão consagrar E todos os meninos vão desembestar E todos os destinos irão se encontrar E o mesmo Padre Eterno que nunca foi lá Olhando aquele inferno, vai abençoar O que não tem governo nem nunca terá O que não tem vergonha nem nunca terá O que não tem juízo
Histórico: Música feita para o filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos” de Bruno Barreto. Há quem diga que a música fala de sexo, desejo e sensações humanas incontroláveis. Mas a melhor versão é a de que fala de liberdade. A liberdade que todas as pessoas queria gritar aos quatro ventos naqueles tempos repressivos. Mas há uma curiosidade: nem o próprio Chico Buarque sabe o que pode estar por trás da canção. Ao saber, em 1992, de uma ficha do extinto DOPS analisando versos de “O que Será” ele declarou ao Jornal do Brasil: “acho que eu mesmo não sei o que existe por trás dessa letra e, se soubesse, não teria cabimento explicar...". Então, deixemos sem maiores explicações....!
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Panis Et Circenses
(Caetano Veloso / Gilberto Gil - 1968) Intérprete: Marisa Monte
Eu quis cantar Minha canção iluminada de som Soltei os panos sobre os mastros no ar Soltei os tigres e os leões nos quintais Mas as pessoas na sala de jantar São ocupadas em nascer e morrer Mandei fazer De puro aço luminoso um punhal Para matar o meu amor e matei Às cinco horas na avenida central Mas as pessoas da sala de jantar São ocupadas em nascer e morrer Mandei plantar Folhas de sonhos no jardim do solar As folhas sabem procurar pelo sol E as raízes procurar, procurar Mas as pessoas da sala de jantar Essas pessoas da sala de jantar São as pessoas da sala de jantar Mas as pessoas da sala de jantar São ocupadas em nascer e morrer Histórico: Panis et Circenses vem do latim e significa: Política do pão e circo, ou seja, a música denuncia, uma crítica do que o governo fazia com a população: entretenimento e comida. Pra que se preocupar com mais? “Mas as pessoas da sala de jantar / São ocupadas em nascer e morrer” é uma crítica à estas pessoas. Uma sociedade que fechava os olhos e aceitava o pão e circo que o governo usava como “cala-boca” e se preocupavam com os próprios problemas (qualquer semelhança com o hoje é mera coincidência!) e esqueciam de se preocupar também com seu país. Escrita em 1968, foi um hino do movimento tropicalista liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Acorda amor Eu tive um pesadelo agora Sonhei que tinha gente lá fora Batendo no portão, que aflição Era a dura, numa muito escura viatura minha nossa santa criatura chame, chame, chame, chame o ladrão Acorda amor Não é mais pesadelo nada Tem gente já no vão da escada fazendo confusão, que aflição São os homens, e eu aqui parado de pijama eu não gosto de passar vexame chame, chame, chame, chame o ladrão Se eu demorar uns meses convém às vezes você sofrer Mas depois de um ano eu não vindo Ponha roupa de domingo e pode me esquecer Acorda amor que o bicho é bravo e não sossega se você corre o bicho pega se fica não sei não Atenção, não demora dia desses chega sua hora não discuta à toa, não reclame chame, clame, clame, chame o ladrão
Histórico:Após as canções “Cálice” e “Apesar de Você” terem sido censuradas pelo sistema repressivo, Chico Buarque achou que seria mais difícil conseguir aprovar alguma música sua pelos agentes da censura. Escreveu então “Acorda Amor” com o pseudônimo de Julinho de Adelaide para driblar a censura. Como ele esperava, a música passou. Julinho ainda escreveria mais 2 músicas antes de uma reportagem especial do Jornal do Brasil sobre censura, que denunciou o personagem de Chico. Após esta revelação, os censores passaram a exigir que as músicas enviadas para aprovação deveriam ser acompanhadas de documentos dos compositores.
Acorda Amor é um retrato fiel aos fatos ocorridos no período que teve seu ápice entre 1968 (logo após a decretação do AI-05) e 1976 quando, teoricamente, a tortura já não era mais praticada pelos militares. Diversas pessoas sumiram durante este período após terem sido arrancadas de suas casas a qualquer hora do dia ou da noite, e levadas para DOPS e DOI-CODI´s espalhados pelo Brasil. A falta de confiança era tão grande que as pessoas tinham mais medo dos policiais (que seqüestravam, torturavam, matavam e, muitas vezes sumiam com corpos) do que de ladrões. A ironia do compositor é tão grande que, quando os agentes da repressão chegam a casa chamam-se os ladrões para que sejam socorridos.
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Apenas um Rapaz Latino-Americano (Belchior – 1976) Intérprete: Belchior
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco Sem parentes importantes e vindo do interior Mas trago, de cabeça, uma canção do rádio Em que um antigo compositor baiano me dizia Tudo é divino, tudo é maravilhoso Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho Papo, som dentro da noite e não tenho um amigo sequer E não acredite nisso, não, tudo muda e com toda razão Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco Sem parentes importantes e vindo do interior Mas sei que tudo é proibido aliás, eu queria dizer Que tudo é permitido até beijar você no escuro do cinema Quando ninguém nos vê Não me peça que lhe faça uma canção como se deve Correta, branca, suave, muito limpa, muito leve Sons, palavras, são navalhas e eu não posso cantar como convém Sem querer ferir ninguém Mas não se preocupe meu amigo com os horrores que eu lhe digo Isso é somente uma canção, a vida, a vida realmente é diferente Quer dizer, a vida é muito pior Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco Por favor não saque a arma no "saloon" eu sou apenas um cantor Mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar Mate-me logo, à tarde, às três, que à noite tenho um compromisso E não posso faltar por causa de você Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco Sem parentes importantes e vindo do interior Mas sei que nada é divino, nada, nada é maravilhoso Nada, nada é sagrado, nada, nada é misterioso, não
Histórico: Escrita em 1976, a canção de Belchior caracteriza o Brasil da época de forma irônica. “Apenas um rapaz latino americano” é um protesto contra a repressão que censurava os artistas e, principalmente músicos da época. Versos como “Por favor não saque a arma no "saloon" eu sou apenas um cantor / Mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar / Mate-me logo, à tarde, às três, que à noite tenho um compromisso / E não posso faltar por causa de você” seriam quase como uma pergunta: O que vocês tanto têm a temer que não podem nem deixar que nós, que somos somente músicos, digamos e cantemos o que pensamos??
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Apesar De Você (Chico Buarque – 1970) Intérprete: Chico Buarque
Hoje você é quem manda Falou, tá falado Não tem discussão, não. A minha gente hoje anda Falando de lado e olhando pro chão. Viu? Você que inventou esse Estado Inventou de inventar Toda escuridão Você que inventou o pecado Esqueceu-se de inventar o perdão. Apesar de você amanhã há de ser outro dia. Eu pergunto a você onde vai se esconder Da enorme euforia? Como vai proibir Quando o galo insistir em cantar? Água nova brotando E a gente se amando sem parar. Quando chegar o momento Esse meu sofrimento Vou cobrar com juros. Juro! Todo esse amor reprimido, Esse grito contido, Esse samba no escuro. Você que inventou a tristeza Ora tenha a fineza de “desinventar”. Você vai pagar, e é dobrado, Cada lágrima rolada Nesse meu penar. Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Ainda pago pra ver O jardim florescer Qual você não queria. Você vai se amargar Vendo o dia raiar Sem lhe pedir licença. E eu vou morrer de rir E esse dia há de vir antes do que você pensa. Apesar de você Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Você vai ter que ver A manhã renascer E esbanjar poesia. Como vai se explicar Vendo o céu clarear, de repente, Impunemente? Como vai abafar Nosso coro a cantar, Na sua frente. Apesar de você Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Você vai se dar mal, etc e tal
Histórico:No mesmo ano em que a seleção brasileira conquistou o tricampeonato mundial, as torturas e desaparecimentos de pessoas contrárias ao regime do general Médici eram constantes. Chico Buarque fez a letra dirigida exatamente à Médici, e enviou aos censores certo de que não passaria. Passou e foi gravada. O compacto atingia a marca de 100 mil quando um jornal insinuou que a música era uma homenagem ao presidente. A gravadora foi invadida e todas as cópias destruídas. Chico foi chamado a um interrogatório para prestar informações e esclarecer que era o “você” mencionado na música. “É uma mulher muito mandona, muito autoritária”, respondeu. A canção só seria regravada em 1978 num álbum que leva o nome do autor da música.
Fiquei pensando no quanto são idolatrados os artistas que lutaram contra a ditadura. Não sem motivo, eles fizeram a diferença com muita coragem, usando o que sabiam fazer. Era preciso muita criatividade para passar o recado.
Muitos artistas, políticos, jornalistas, realmente precisaram se exilar, corriam riscos. Alguns foram, outros ficaram e lutaram contra a ditadura.
Estamos perto das eleições, voto direto, não relembrar a ditadura pode ser até perigoso.
Eu não tenho ideia do quão grotesca foi a ditadura. Tenho uma noção, por tudo que li, assisti, estudei, ouvi relatos; mas não vivi nada disso.
O que acho injusto é SÓ lembrarmos da luta cultural. Foi muito mais que isso. As pessoas em geral, não notavam o quanto a coisa estava feia. Os militares eram mestres da lavagem cerebral, com sua "semana do presidente", o ufanismo do "Brasil: ame-o ou deixe-o". Nas escolas, o inglês passou a ser matéria obrigatória, já que os EUA, em guerra fria, eram partidários de ditaduras de direita. O rigor subiu e os pais gostaram, afinal, achavam que aquilo era educação e não a criação de um pensamento robotizado. Hoje em dia, são muitos os "filhos da ditadura". O pessoal que está com seus 40, 50 anos e são os pais de agora. Conheço muitos. Não toleram mudanças, tratam a tudo e todos com rigor, nunca estão errados, não aceitam o diferente. Isso é educação? Em 1984 (o livro), talvez... Junto deles, vem os "irmãos da ditadura", o pessoal de 60 adiante e uma cambada de gente mais jovem que não está nem aí para a História.
São eles que tomam frente do discurso de direita atual, sem muitos argumentos, com preocupações individualistas e egoístas. Não todos, alguns são convictos, argumentativos, respeitadores, mas isso é bem raro. Apontam o dedo e acusam os que lutaram por nossa liberdade, do conforto de seus sofás. Passam isso adiante e invertem os papéis. Quer dizer... quem não fugiu da luta, é criminoso. Quem fugiu descaradamente, é confiável.
Ô minha gente, que absurdo é esse? É tão evidente que podemos confiar mais em quem NÃO FOGE DOS PROBLEMAS, afinal, o Brasil é (ainda) um problema enorme!
Na época da ditadura, os que mais lutaram eram jovens, idealistas, cheios de esperança... Muitos morreram. Outros estão aqui e a última coisa que merecem é um julgamento errado por TEREM FICADO NO BRASIL e lutado.
Tão mais fácil fugir dos problemas, né? E não foram poucos...
Fiquei pensando no quanto são idolatrados os artistas que lutaram contra a ditadura. Não sem motivo, eles fizeram a diferença com muita coragem, usando o que sabiam fazer. Era preciso muita criatividade para passar o recado.
Muitos artistas, políticos, jornalistas, realmente precisaram se exilar, corriam riscos. Alguns foram, outros ficaram e lutaram contra a ditadura.
Estamos perto das eleições, voto direto, não relembrar a ditadura pode ser até perigoso.
Eu não tenho ideia do quão grotesca foi a ditadura. Tenho uma noção, por tudo que li, assisti, estudei, ouvi relatos; mas não vivi nada disso.
O que acho injusto é SÓ lembrarmos da luta cultural. Foi muito mais que isso. As pessoas em geral, não notavam o quanto a coisa estava feia. Os militares eram mestres da lavagem cerebral, com sua "semana do presidente", o ufanismo do "Brasil: ame-o ou deixe-o". Nas escolas, o inglês passou a ser matéria obrigatória, já que os EUA, em guerra fria, eram partidários de ditaduras de direita. O rigor subiu e os pais gostaram, afinal, achavam que aquilo era educação e não a criação de um pensamento robotizado. Hoje em dia, são muitos os "filhos da ditadura". O pessoal que está com seus 40, 50 anos e são os pais de agora. Conheço muitos. Não toleram mudanças, tratam a tudo e todos com rigor, nunca estão errados, não aceitam o diferente. Isso é educação? Em 1984 (o livro), talvez... Junto deles, vem os "irmãos da ditadura", o pessoal de 60 adiante e uma cambada de gente mais jovem que não está nem aí para a História.
São eles que tomam frente do discurso de direita atual, sem muitos argumentos, com preocupações individualistas e egoístas. Não todos, alguns são convictos, argumentativos, respeitadores, mas isso é bem raro. Apontam o dedo e acusam os que lutaram por nossa liberdade, do conforto de seus sofás. Passam isso adiante e invertem os papéis. Quer dizer... quem não fugiu da luta, é criminoso. Quem fugiu descaradamente, é confiável.
Ô minha gente, que absurdo é esse? É tão evidente que podemos confiar mais em quem NÃO FOGE DOS PROBLEMAS, afinal, o Brasil é (ainda) um problema enorme!
Na época da ditadura, os que mais lutaram eram jovens, idealistas, cheios de esperança... Muitos morreram. Outros estão aqui e a última coisa que merecem é um julgamento errado por TEREM FICADO NO BRASIL e lutado.
Tão mais fácil fugir dos problemas, né? E não foram poucos...
Em 1964, um golpe militar depôs o presidente João Goulart. Um tempo depois, no RJ, aconteceu a "passeata dos 100 mil", que exigia a democracia. Márcio Morira Alves, deputado, incentivou um boicote ao desfile militar de 7 de setembro. Como resposta, em 1968, surgiu o AI5, que restringia direitos e liberdade do povo. A arte e a cultura foram censuradas de maneira gritante e qualquer um que ficava contra os militares, era perseguido, preso, torturado. Os que tinham sorte, eram exilados depois disso E NUNCA ANTES de sofrer na mão da ditadura!(sic) Foi nessa época que muitos "jovens políticos engajados", alguns engraçadinhos que se diziam comunistas e católicos ao mesmo tempo... fugiram! Não foi exílio, foi fuga mesmo. Depois disso, a coisa foi ficando cada vez mais penosa para o povo. As propagandas e a lavagem cerebral chegaram cheias de slogans lotados de convicção e falso patriotismo. Falavam em "milagre econômico", ninguém podia questionar, mas não era bem assim. A dívida externa aumentava a passos largos e a concentração de renda estava cada vez mais injusta. Mas toda a propaganda falsa maquiava a verdade que era uma ditadura violenta e marcada por torturas desumanas.
A década de 70 é chamada de "A era do terror". A pouca liberdade que sobrava, foi cortada de vez. Os que percebiam isso, ficavam revoltados. Os universitários eram os mais prejudicados, mas para os militares, o crescimento intelectual e cultural, era o que menos importava. Surgiram muitos grupos que lutavam com a unica arma que os militares respeitavam. Era a luta armada, que só assim conseguiu liberar presos políticos e desequilibrar a ditadura. Entre outras coisas, exigiram que lessem em rede nacional, um manifesto que denunciava as torturas. A resposta da ditadura era sempre violenta. Mesmo assim, muita gente (que podia fugir) não fugiu!
Zuzu Angel era uma estilista rica e famosa. Em 1971, seu filho Stuart de 25 anos, "desapareceu", como aconteceu com tantos outros. Ele era do MR8, o mesmo de Lamarca e Gabeira. Zuzu travou uma guerra contra os militares e acabou morta em um "acidente" muito suspeito, em 1976. Stuart havia sido morto nos porões, assim como sua esposa Sônia, que era da Ação Libertadora Nacional (a mesma de Maringhella). Zuzu virou heroína em filme.
Lamarca foi um militar que virou guerrilheiro. Era da Vanguarda Popular Revolucionária. É considerado um dos grandes heróis da luta contra a ditadura.
Cao Hamburger era uma criança, em 1970, quanto os pais "saíram de férias". Um ano depois, só a mãe voltou, toda machucada. O pai morreu. Isso também virou filme.
Vladimir Herzog era jornalista, diretor da TV Cultura. Ele foi torturado por ter relações com o partido comunista e foi enforcado em 1975. Isso chocou a todos, mesmo o povão alienado.
Veja bem, esses aí de cima, lutaram e são vistos como heróis. É justo (se for com todos).
(Enquanto isso, gente que se dizia exilada, teve uma vida bem diferente dos estudantes que não fugiram... Essa "gente" em especial, conseguiu se formar e fazer 1000 cursos na França, Bolívia e depois Chile. É lógico que em 1973, quando a ditadura estourou por lá... Ops, hora de fugir!)
A morte de Herzog foi como um despertador popular. Muitas pessoas acordaram e começaram a exigir o fim da ditadura. Mais mortes e torturas foram denunciadas e eram tantas e tantas, que qualquer um ficaria revoltado. Graças a pressão popular, veio a Anistia e uma abertura considerável. Mas a ditadura não parou (só lembrar que Zuzu morreu em 76). Foi preciso muita luta. Em 1978 acabou o AI5. Em 1979, graças a luta dos artistas, a liberdade cultural foi conquistada e os artistas não ficaram quietos até que toda a ditadura acabasse de vez. Usaram a liberdade, para denunciar o que ninguém sabia sobre a ditadura.
Foi nessa época, a partir de 1977, com a luta praticamente vencida, que muitos heróis de verdade puderam voltar ao Brasil. Outros, nada heróis mas beeeeeeem cultos depois de tanto estudo, voltaram também e pegaram carona na fama de exilados políticos. Outros, como Jango, morreram antes.
Em 1980, as tentativas continuavam. Uma bomba explodiu em um show com mais de 20 mil pessoas. Em 1982, o povo elegeu por votação direta, governadores e senadores. Começou a campanha "Diretas Já". Em 1985, Tancredo Neves foi eleito indiretamente, mas morreu antes de assumir. Sarney, velho amigo dos ditadores, assumiu. Mesmo assim, a esperança de um novo tempo estava no ar e é por aí que me lembro da época que vivi em Brasília. Me lembro da festa, com Ulisses Guimarães, em 1988, levantando os braços e mostrando o que seria nossa Constituição. Depois, nas primeiras eleições diretas, em 1990, Collor foi eleito e depois disso, todos sabem o que aconteceu...
Votar foi um direito conquistado com muita luta e suor. Em quem você vota, no que te ajudou a ter esse direito ou em quem fugiu do problema? Pense nisso antes de apertar o botão verde.
Aproveitando o ensejo, assistam o vídeo onde Dilma é aplaudida depois de dizer que mentiu na ditadura.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) acaba deu uma resposta a altura ao senador José Agripino (DEM-RN). Ele lembrou que a ministra admitiu em entrevista a um jornal ter "mentido bastante" na década de 70, período em que o Brasil era governado por uma ditadura militar. O senador perguntou se estávamos novamente em um "estado de exceção", como aconteceu no tempo da ditadura, onde seria faria necessário mentir.
É por essas e outras que ela merece ser eleita Presidente do Brasil, não só por ter competência, mas por ter personalidade. Abaixo a hipocrisia!!!!
''Querida Holly, eu não tenho muito tempo, não digo literalmente - é que você foi comprar sorvete e vai voltar logo, mas tenho a impressão de que é a última carta, porque só resta uma coisa pra dizer, não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homen, Holly, e por isso eu sou eternamente grato, literalmente, se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura ou perder completamente a fé vai tentar olhar para si mesma com meus olhos, obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, tive muita sorte, você foi a minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua, haverá mais eu prometo portanto aqui vai o meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual. P.S. Eu sempre vou te amar.''
Um rei que não acreditava na bondade de Deus, tinha um servo que em todas as situações lhe dizia: Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito, Ele não erra!
Um dia eles sairam para caçar e uma fera atacou o rei. Seu servo conseguiu matar o animal, mas não pode evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.
Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse: Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo.
O servo apenas respondeu: Meu rei apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e Ele sabe porque de todas as coisas.
O que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra!
Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo.
Tempos depois, saiu para uma outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrificios humanos.
Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no; ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.
Ao voltar para o palácio mandou soltar o seu servo e recebeu-o muito afetuosamente.
Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens, justamente por não ter um dedo!
Mas tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende fosse preso?
Meu rei, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum.
Por isso, lembre-se: Tudo o que Deus faz é perfeito! Ele nunca erra!
(Muitas vezes nos queixamos da vida e das coisas aparentemente ruíns que nos acontecem, esquecendo-nos que nada que nos acontece é por acaso e que tudo tem um propósito!)
"Você não tem culpa das coisas que eu faço, nem da minha vida sem tempo, corrida. É errado eu querer que você fique do meu lado se eu não tenho tempo nem pra mim. É errado que eu faça você ficar mal se nem eu me agüento às vezes. Ninguém pode carregar por mim meus sentimentos e, principalmente, meu estresse. Já está na hora de aprender a me virar sem alguém pra fazer isso por mim. As coisas estão frias... Não quero que fique pior... Entenda que, no buraco que eu cai, só eu sei a saída."
"Karen não conseguia achar nenhuma resposta. Tudo o que sabia agora era que nunca mais sentiria os braços de Shane em volta dela, nunca mais acordaria ao lado dele na cama e nem sentiria nos lábios seus beijos. Nunca mais ririam juntos, nem compartilhariam momentos de felicidade ou um momento de tristeza. Eles nunca mais poderiam fazer todas aquelas coisas que haviam planejado para depois do casamento, como visitar Las Vegas ou Nova York, como Shane sempre quis, ou Roma e Paris, como queria Karen. Não haveria casamento, nem nova vida juntos, nem nada. Nada. Ele se foi."
Trecho do Livro: "Preciso Te Contar Uma Coisa", de Melissa Hill.
Este é um espaço onde estão reunidos trechos de obras, poesias, letras de música e outras manifestações de diversos autores que me tocaram de alguma forma, levando-me à reflexão e ampliando constantemente a minha forma de pensar a vida. Os fragmentos alheios se misturam aos meus próprios fragmentos, constituindo um todo mais complexo, me impulsionando ao crescimento constante.
É o branco e o negro, o suburbano de São Cristóvão, Zona Norte e Baixada, o Playboy da Barra, o português e o nordestino. Em qualquer lugar do Brasil o Vasco está presente. Tem a história mais bonita de um clube brasileiro, sofreu todos os tipos de preconceito: era o clube dos portugueses, dos negros, dos suburbanos, e superou todas as atitudes excludentes. Produziu os maiores artilheiros do Brasil: Ademir Menezes, Vavá, Romário, Edmundo e é claro, Roberto Dinamite! Foi o pioneiro na aceitação de negros e pobres na sua equipe, e se não fosse esta atitude de coragem dos que dirigiam o Vasco, naquela época, com aquela Carta Histórica à AMEA, talvez não teríamos assistido a grandes jogadores oriundos das classes mais pobres da Sociedade Carioca. O Primeiro clube a montar um grande time no Brasil, o Expresso da Vitória, a ganhar um título internacional, em 1948! Em qualquer lugar do Brasil o Vasco está presente. Tem a história mais bonita de um clube brasileiro! O pioneiro desbravador do futebol brasileiro, o time que nunca desiste, o time das vitórias, dos títulos impossíveis, O TIME DA VIRADA, O TIME DO AMOR! – Palmeiras 3 x 4 Vasco, no Palestra Itália – Copa Mercosul 2000. O Vasco é o time mais fácil de se torcer, não precisa ser abreviado como “mengo”, “nense”, ou “fogo”. O Vasco já nasceu dissílabo e paroxítono. É o time do Carioca que pode arrastar o ‘’S’’ de VaSSSSco, bem devagarzinho para dar aquele swing bem saboroso e único. Enfim, o Vasco é o verdadeiro time POPULAR, o rival urubu é apenas populista! Primeiro a construir um grande estádio no Brasil, no qual foi proclamada a CLT, e mais! O Primeiro do Rio a realizar eleições com urnas eletrônicas e criar um grandioso programa de Sócios, com um clube de benefícios. É por tudo isto que amo esse Clube, que o tenho como uma Paixão! Sou incondicionalmente Vasco!
* Texto adaptado de Crônica do Jornalista Vascaíno Sergio Cabral
Um dos melhores filmes que eu já tive oportunidade de ver...
' Caro Edward: Fiquei indeciso nos últimos dias, tentando decidir se deveria ou não escrever isto. No fim, percebi que me arrependeria se não escrevesse, então aqui vai. Sei que na última vez que nos vimos, não estávamos exatamente batendo nas notas mais doces. Certamente não era daquele jeito que queria que a viagem terminasse. Creio que sou o responsável, e por isso, sinto muito. Mas, com toda honestidade, se eu tivesse a chance, faria tudo de novo. Virgínia disse que deixeium estranho e voltei a ser um marido.Devo isso a você.Não tem como pagar por tudo o que fez por mim. E como prova disso, pedirei que faça mais uma coisa por mim: ache a felicidade na sua vida. Uma vez, disse que não era qualquer um. E é verdade. Certamente não é qualquer um. Mas todo mundo é qualquer um. Meu pastor sempre disse: nossas vidas são correntes fluindo no mesmo rio para que qualquer céu descanse na névoa além das cachoeiras. Encontre a felicidade na sua vida, Edward. Meu caro amigo, feche os olhos e deixe a água guiá-lo. '
(Carta de Carter para seu amigo Edward; lida por Edward após Carter falecer)
' Boa tarde. Meu nome é Edward Cole. Não sei o que a maioria das pessoas falam nessas ocasiões, porque com toda a sinceridade, tentei evitá-las. A coisa mais simples a se dizer é que o amei e sinto falta dele. Eu e o Carter vimos o mundo juntos. O que é extraordinário. Em pensar que a três meses atrás éramos estranhos. Espero que não soe muito egoísta, mas os últimos meses da sua vida foram os melhores da minha. Ele salvou minha vida. E ele sabia antes que eu. Estou profundamente orgulhoso que este homem tenha achado seu valor enquanto me conhecia. No final das contas, acho que é certo dizer que trouxemos alegria para a vida um do outro. Então, quando eu forpara o meu lugar de descanso e acordar no outro dia, próximo a uma certa parede com uma porta, espero que o Carter esteja lá. Para me assegurar e me mostrar as cordas do outro lado. '
O despertador que toca sempre no mesmo horário. Sempre coca com gelo e limão. Aquele mesmo lado da cama. O trajeto de sempre para chegar em casa. O corte de cabelo costumeiro. O pãozinho da mesma padaria. A hora do banho sempre naquela "hora do banho".
Quando a gente começa a ficar muito agarrado sempre aos mesmos hábitos parece que os dias findam todos muito parecidos. Pois é. E é por isso que mudar é tão importante. É por essas e outras que mudar de ares, de hábitos e de horários é tão rejuvenescedor, tão estimulante!
Que venham novas mudanças, novos horários, novas atividades, novos cortes de cabelo, novo layout para a sala de casa, para o quarto; novas ideias, novas receitas, novas experiências!
A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte.
Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável.
O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor.
Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos.
Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra.
A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível?
Por que ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!
A morte é inevitável, pois faz parte da vida. Todos nós, ao longo da existência, precisamos aprender a aceitá-la - embora não seja uma tarefa fácil. Toda e qualquer perda é difícil de superar. É terrível imaginar que jamais veremos aquela pessoa novamente.
De fato esse assunto tem mexido muito comigo, não estava habituada a viver situações desse tipo. Até que a pouco mais de um mês recebi a notícia de que um amigo meu havia falecido.
Fui velar seu corpo, mas não tive coragem de me despedir. Fiquei, a uma pequena distância, apenas contemplando o seu último leito e orando por sua alma.
Na volta para casa, vinha refletindo e lembrando que, quando as pessoas amadas partem, na verdade, somente nos privamos de sua presença física. Creio que o espírito permanece vivo, para sempre, a interceder por nós. As recordações dos momentos compartilhados continuarão existindo, cada vez mais fortes, pois elas estão gravadas nas mentes de todas as pessoas com as quais nos relacionamos.
Portanto, o meu amigo não será uma simples lembrança, pois está dentro de cada um de nós, que tivemos o prazer de conhecê-lo ou de conviver com ele. Embora o desconhecimento do mistério transcendental da morte nos impeça de aceitar, facilmente, uma perda desta envergadura, a fé nos dá forças para, paulatinamente, irmos reconhecendo que a vida é uma passagem curta e, por isso mesmo, deve ser vivida como Geison viveu: intensamente.
"Quero seu beijo de novo E viajar no seu corpo Escrever a história desse amor,
Guardo em minha lembrança Como uma marca em meu corpo E dentro do meu coração E desesperado rezo pra você voltar Pra curar de vez a dor da solidão
Anjo do amor, vem correndo Sem seu calor, tô morrendo Onde estará seu sorriso a cada manhã? Que te busco e não sei onde está Te preciso Se não vier, eu não vivo Quem ganhará as carícias cada manhã? Que te busco, meu anjo do amor Anjo do amor
Eu quis viver outro sonho De outra paixão ser o dono Mas minha ilusão já se acabou,
Trago você na lembrança Nasce de novo a esperança Pois ninguém escolhe um grande amor E desesperado rezo pra você voltar Pra curar de vez o mal da minha dor."
De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Se eu pudesse resumir o que estou sentindo ao ver o resultado das eleições,essa palavra descreveria bem o caso.
Sinceramente, eu não esperava por um segundo turno! Se houvesse pra presidente, até que ia...Já que fizeram questão de usar de má fé pra sujar a campanha da Dilma! E digo literalmente ,de má fé...
Começaram a espalhar uma série de boatos que só gente muito pequena e tosca acreditaria. E não é que caíram no tal papinho! A todo instante eu me deparava com uma notícia diferente...:” Oh, a Dilma vai queimar as bíblias e abolir a Religião”; “Seu vice é Satanista”; “Vai aprovar o aborto” ; “Casamento gay “ e blábláblá... Só sendo muito sem personalidade pra cair em um papinho desses! Só faltaram dizer que a mulher era o anticristo. Seja como for...Essas conversinhas sem pé nem cabeça acabaram mudando o rumo das eleição!
Parece piada né?
Dirigiram os votos a Marina... Que legal né? Sim, seria bem legal, se ela tivesse chances de ir à segundo turno! Mas fazendo isso, vcs só aumentaram as possibilidades do Serra se tornar Presidente da República. Talvez vcs estejam sentindo saudades da Era Fernando Henrique...Saudade dos apagões, do desemprego, da inflação e da miséria que quase assolou o País! O problema é que Brasileiro tem memória fraca! E agora além de lutar contra o progresso, ainda deram pra eleger palhaços, supostamente em forma de protesto.
Ainda soa engraçado? Mas não deveria, pois é nas mãos dessas pessoas que está nosso futuro! O futuro dos filhos de vcs, do nosso tão amado País que, creio eu, ninguém quer ver na lama!
E por falar em palhaços, quero mencionar aqui um fato, que se não fosse trágico, seria cômico. E se vcs pensam que ele ocorreu em São Paulo com a eleição do Tiririca pra Deputado Federal, estão ligeiramente enganados.Aqui no DF quebramos o Slogan do Tiririca “ Pior do que tá não fica” Será? Eu também pensava assim, mas cheguei à conclusão de que a coisa pode piorar, e muito! Fique sabendo que, pior do que tá fica sim!
E vamos ao caso...
Hoje eu me surpreendi com a ignorância das pessoas! Santo Deus, pensei comigo... Não posso crer no que estou vendo...?
Façamos um breve resumo pra que todos possam entender do que eu estou falando:
O candidato a governador do DF Joaquim Roriz desistiu da candidatura e passou o bastão para a mulher. Com isso, acabou com o processo que discutia a viabilidade legal de sua candidatura no STF, sob a luz da chamada Lei da Ficha Limpa, natimorta, por sinal.
Foi um golpe de raposa política. E, como você sabe, raposa adora atacar galinheiro recheado de frangos eleitorais. Por que golpe? Porque seus fiéis eleitores podem eleger a mulher e quem vai mandar é ele (por debaixo da saia da dona Roriz).
Pois é, tolo do eleitor que acreditou que essa lei, natimorta, diga-se outra vez, tem qualquer chance de ser um dia aplicada neste país.
Na verdade, a lei não pegará porque traz no seu bojo uma ingenuidade, qual seja a que os bandidos, ladrões, corruptos, sacripantas e afins não podem ser eleitos por causa de seus "pecadilhos". Ora, eles sempre foram, são e serão eleitos, por mais que tenham nome sujo na praça.
Alguns, inclusive, ficaram famosos pelo "rouba mais faz". Outros passam à história dizendo que não sabiam de nada ao seu redor ou que não sabiam que não podiam proceder daquela forma. E tem os mais cínicos, que utilizam maus exemplos de governos anteriores para justificar seus atos quando são pegos com a boca na botija: "Ora, se eles fizeram, por que eu não posso fazer também?"
É bom que se diga, com todas as letras, que o eleitor tem todo o direito de votar em quem ele quiser, até em bandido, se assim lhe apetece... Mas é justamente porcausa de atitudes como essas que a coisa não evolui.
Boa parte das pessoas se contentam com migalhas, lamentavelmente, hoje as vontades estão dispersas entre o próprio umbigo e os cartões-esmola.
A verdade é que eu já posso vislumbrar o futuro, e receio que ele será trágico! E nem precisa ser mãe Diná pra fazer essas previsões... Não se trata apenas da atual candidata a governadora do DF ser esposa do Joaquim Roriz, e sim dela não ter o mínimo conhecimento pra administrar coisa alguma! Não pensem que estou a exagerando, a mulher é uma porta! Não fala coisa com coisa, não sabe se expressar...não me surpreenderia se me dissessem que ela não sabe ler nem escrever. Nota-se que ela está lá apenas para eleger o marido, vulgo mulher laranja. É triste sabe...Pensei que as pessoas tivessem discernimento pra saber o que é bom e o que não é , principalmente quando se trata do próprio futuro.
E pra que não digam que se trata de um total exagero de minha parte, assistam a pérola que foi um de seus debates
Agora me digam, tem condições de uma criatura dessas ser governadora da Capital da República?
Depois o povo vem questionar, que país é este?!
Ao senhor Roriz, meus parabéns, você é a prova viva de que o crime compensa e a burrice também, a dos outros é claro, que o você de burro não tem “nada”.
Não vou mais me estender!Mas antes que eu me esqueça...
Sinto vergonha de viver em um paísonde as pessoas se vendem por tão pouco. Eu espero profundamente que no fim,o bom senso fale mais alto que interesses pessoais.
sábado, 2 de outubro de 2010
"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar..."
"Quando penso em você fecho os olhos de saudade Tenho tido muita coisa, menos a felicidade Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento Pode ser até manhã, cedo claro feito dia mas nada do que me dizem me faz sentir alegria Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa Para correr entre os canteiros e esconder minha tristeza Que eu ainda sou bem moço para tanta tristeza E deixemos de coisa, cuidemos da vida, Pois se não chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço, sem ter visto a vida."
Tenho sentido tanto sua falta... Lamento profundamente q vc tenha partido tão cedo, e me culpo por não ter aproveitado mais momentos ao seu lado...Essa minha mania de achar q sempre teremos tempo. Hoje estou me sentindo vazia! Falta algo, sabe? Você sempre vai ser especial pra mim! Me fizeste tão feliz.... Eu queria muito q houvessem outras vidas, pra q pudessemos viver tudo de novo! Sabe de uma coisa? Eu acho q eu te amava...só não era capaz de admitir pra mim mesma! Pena eu não poder ter dito isso a você!
Quero muito q estejas bem anjo meu! Se a gente sofre aqui por ti, é de saudade... o que só comprova o quanto você foi especial! Cuida de mim, ok? Me dá forças... Um beijão, da sua Dan Dan!
Eu sou o presente, sou a realidade, eu sou a vaidade! Eu sou a cereja que enfeita o bolo. Eu sou a festa! Eu sou da janela a fresta que traz o raio de sol. Eu sou o sol! Eu sou os primeiros passos de um bebe a caminhar.Eu sou o inicio! Eu sou dos passos do idoso o findar. Eu sou o fim! Eu sou a agua a molhar matas e vales . Eu sou o rio! Eu sou a aguia faminta em busca da presa. Eu sou a presa! Eu sou a brisa do mar, que refresca noites quentes de verão.Eu sou o calor! Eu sou o corpo suado depois de amar, sou o despertar.Eu sou desejo! Eu sou a crença no mundo. Eu sou o mundo! Eu sou o poema, eu sou o tema, eu sou o mar...Sou o sonhar! Eu sou tudo que respira, sou a beleza que inspira.Eu sou a pintura! Eu sou o medo, sou o fracasso, eu sou o laço.Sou a derrota! Sou a doença , sou a convalecença, eu sou a cura.Sou a vitória! Sou o deslizar de aguas sobre as pedras. Eu sou a pedra! Eu sou o inverno, eu sou o verão, eu sou a paixão. Eu sou o tesão! Eu sou o tagarelar, sou o fofocar, sou o cochicho, e o buchicho.Sou a noticia! Sou o segredo guardado a sete chaves.Eu sou a chave! Eu sou a irreverencia , sou a intolerancia, eu sou a miséria e a bonança.Sou a justiça! Eu sou a vida, bem vivida, bem resolvida...Sou a conquista! Eu sou tudo isso em muitas bocas...Sou como muitas loucas! Sou mais que isso em outras linguas. Sou desconhecida... Eu sou do amor o risco, sou dos olhos o feitiço... Da boca o veneno e da noite o sereno. Sou a tempestade e o chuvisco, sou a ventania e a brisa. Não me enxergue como me vê, sou o que você não crê. Não me julgue pelo que digo, arranque de meu coração a verdade, Sou a imaginação que te invade, o sonho do qual não quer acordar... Sou o amar... Sou o desejo mais secreto, sou mulher, sou fêmea, não objeto... Estou em sua mão. Se conseguir domar meu coração... Sou mulher!
"Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei.Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca.Dentro, fora.
"O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua,...
..
...mas não o texto."
Fernando Pessoa
"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insónia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada. Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim. (...)
- Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce." ( Caio Fernando Abreu)
"E eu me pergunto
se viver não será essa
espécie de ciranda
de sentimentos
que se sucedem e se sucedem
e deixam sempre sede
no fim”.
Caio Fernando Abreu
Somos pedaços de nada. Vazios. Curamos as feridas com fel e cicatrizamos com sorrisos que um pintor alheio não soube lá muito bem traçar. Não há homens nas ruas. Há pedaços de dor disfarçados com carne, pele e osso. Desde o mais brejeiro dos homens à mais ultrajante das mulheres, não excluindo a mais santa das criaturas ou renegando a mais cruel das mulheres -somos dor, sempre dor.
Nessa dor, a minha história foi escrita a carvão – negra. E é com um tom triste que eu a conto sem ousar mencioná-la ou personificá-la. Escrevo-a em palavras nunca escritas e nas quais deposito tão bem a sua ausência. Nesse pedaço de dor que esconde a minha carne,escrevi a carvão que a Terra será minha. Mas a Terra desabou. Serão meus os seus pedaços?