terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sobre mim...

Eu sou o presente, sou a realidade, eu sou a vaidade! Eu sou a cereja que enfeita o bolo. Eu sou a festa! Eu sou da janela a fresta que traz o raio de sol. Eu sou o sol! Eu sou os primeiros passos de um bebe a caminhar.Eu sou o inicio! Eu sou dos passos do idoso o findar. Eu sou o fim! Eu sou a agua a molhar matas e vales . Eu sou o rio! Eu sou a aguia faminta em busca da presa. Eu sou a presa! Eu sou a brisa do mar, que refresca noites quentes de verão.Eu sou o calor! Eu sou o corpo suado depois de amar, sou o despertar.Eu sou desejo! Eu sou a crença no mundo. Eu sou o mundo! Eu sou o poema, eu sou o tema, eu sou o mar...Sou o sonhar! Eu sou tudo que respira, sou a beleza que inspira.Eu sou a pintura! Eu sou o medo, sou o fracasso, eu sou o laço.Sou a derrota! Sou a doença , sou a convalecença, eu sou a cura.Sou a vitória! Sou o deslizar de aguas sobre as pedras. Eu sou a pedra! Eu sou o inverno, eu sou o verão, eu sou a paixão. Eu sou o tesão! Eu sou o tagarelar, sou o fofocar, sou o cochicho, e o buchicho.Sou a noticia! Sou o segredo guardado a sete chaves.Eu sou a chave! Eu sou a irreverencia , sou a intolerancia, eu sou a miséria e a bonança.Sou a justiça! Eu sou a vida, bem vivida, bem resolvida...Sou a conquista! Eu sou tudo isso em muitas bocas...Sou como muitas loucas! Sou mais que isso em outras linguas. Sou desconhecida... Eu sou do amor o risco, sou dos olhos o feitiço... Da boca o veneno e da noite o sereno. Sou a tempestade e o chuvisco, sou a ventania e a brisa. Não me enxergue como me vê, sou o que você não crê. Não me julgue pelo que digo, arranque de meu coração a verdade, Sou a imaginação que te invade, o sonho do qual não quer acordar... Sou o amar... Sou o desejo mais secreto, sou mulher, sou fêmea, não objeto... Estou em sua mão. Se conseguir domar meu coração... Sou mulher!


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Crônicas de amor e mágoa...

"Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora.
"O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua,...
..
...mas não o texto."
Fernando Pessoa

"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insónia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada. Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim.
(...)


- Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce."
( Caio Fernando Abreu)

"E eu me pergunto

se viver não será essa

espécie de ciranda

de sentimentos

que se sucedem e se sucedem

e deixam sempre sede

no fim”.


Caio Fernando Abreu
Somos pedaços de nada. Vazios. Curamos as feridas com fel e cicatrizamos com sorrisos que um pintor alheio não soube lá muito bem traçar. Não há homens nas ruas. Há pedaços de dor disfarçados com carne, pele e osso. Desde o mais brejeiro dos homens à mais ultrajante das mulheres, não excluindo a mais santa das criaturas ou renegando a mais cruel das mulheres - somos dor, sempre dor.

Nessa dor, a minha história foi escrita a carvão – negra. E é com um tom triste que eu a conto sem ousar mencioná-la ou personificá-la. Escrevo-a em palavras nunca escritas e nas quais deposito tão bem a sua ausência. Nesse pedaço de dor que esconde a minha carne, escrevi a carvão que a Terra será minha. Mas a Terra desabou. Serão meus os seus pedaços?

domingo, 12 de setembro de 2010

Lenine!




"

Eu só penso em você
Depois que eu penso em mim
E eu penso tanto em nós dois
Sei que é de cada um
E acho até comum
Pensar assim de nós dois


Vai que a gente pensa igual
E acho isso normal
O igual da diferença
Cada um, todo ser
Tem sua crença


Eu só penso em você
Depois eu penso em mim
E eu me confundo em nós dois
Sei quando viramos um
E aparece um
Que se mistura em nos dois


Vem não há o que pensar
Melhor achar normal
Viver a diferença
Pensa não, deixa assim,
Que a vida pensa


Tanto por viver, tento não jogar
Pra baixo do tapete essa poeira.
Tonto de você tento não pensar besteira.


Tanto por você, para o nosso bem
Às vezes fica um com e o outro sem
Seja como for somos nós e mais ninguém


O que eu quero de você
E você quer de mim
Nós decidimos depois
Eu só penso em você
E tenho aqui pra mim
Que você pensa em nós dois"

"Você me dói agudo, e isso é grave...!"



Certas pessoas simplesmente deveriam existir para sempre, mas como tudo um dia acaba, ele também se foi. E a gente ficou aqui, com o vazio, com a tristeza e com a saudade, que nunca vai acabar mas que, "se Deus quiser", com tempo vai diminuindo um pouco.

Adeus!!!

É muito difícil quando alguém que a gente gosta muito vai embora. Não importa o modo nem se já estamos esperando por isso, dói do mesmo jeito. Isso quando não demora para a gente se tocar que aquela pessoa tão querida não está mais ali presente. E quando a gente percebe, parece que o chão desaparece sob os pés e que vamos ser engolidos por um buraco negro, para um lugar escuro e frio. É difícil entender o que aconteceu. Por quê aconteceu. O mundo fica um pouco de cabeça para baixo. E às vezes parece que não vai voltar ao normal.

Descansa, coração

O coração da gente às vezes precisa de folga. Precisa de um tempo para si mesmo, só para ver como é que é estar vazio um pouco.
Às vezes é bom deixar ele quieto um pouco, só ali bombeando o sangue para o resto do corpo e nada mais. Sem grandes emoções, sem bater acelerado quando se escuta determinada música ou determinada voz. Sem se sentir derreter quando se recebe um abraço de algum certo alguém.
Coração também precisa de férias, de descanso de tantas emoções que deixam ele arrebatado, apertado, sem ar! Precisa dormir em paz um pouco, sem se desesperar quando um sonho é grande demais para ele segurar. Ele precisa respirar aliviado, para ganhar força para o próximo amor, a próxima paixão ou para o próximo grande momento.
É bom deixar ele tranquilo, sem se estressar, sem se magoar ou se perder no som de outro coração, que às vezes nem está no mesmo ritmo que ele.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Saber o motivo das coisas é uma tortura que sempre quero respirar. Até porque respirar a mágica dos absurdos sempre me tirou todo e qualquer resquício de ar. Apetece-me quebrar todos os relógios, perder totalmente a dimensão temporal de tudo. Enfim, as palavras escapam de qualquer vã tentativa de captura. Eu fico aqui com as músicas que me deixam no chão branco, enquanto as horas morrem lentamente. Enquanto eu morro lentamente. E já é domingo. É um absurdo existirem tantos domingos em um ano [e em uma vida].
Tenho que ter paciência para não me perder dentro de mim:
vivo me perdendo de vista.



Preciso de paciência porque eu sou vários caminhos -
inclusive o fatal beco sem saída.



* Clarice Lispector


O futuro pesa tonaladas em cima de mim...

Escrevo para me livrar da carga terrível de trazer
todos os sentimentos do mundo no peito.
E o futuro não me diz mais nada,
apenas surpreende!
Minha escuridão fatal será promessa de uma luz também fatal?
Acontece que temo a luz fatal e já tenho cera intimidade com a escuridão.
Bem sei que estou no escuro e eu me alimento com a minha própria e vital escuridão
.

Clarice Lispcetor
Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomar


Ouça-me bem, amor
Preste atenção
, o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó


Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo

Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cav
astes com teus pés

Cartola - O mundo é um moinho
"O coração tem domicílio no peito.
Comigo a anatomia enlouqueceu.

-Sou todo coração.
Em todas as partes pulsa."

Maiakoviski

Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido uma coisa ,só não sei onde,nem quando...

Escreverei aqui em direção ao ar e sem resposta a nada pois sou livre.
Eu - que existo. Existe uma volúpia em ser gente.
Não sou mais silêncio. Sinto-me tão impotente ao viver -
vida que resume todos os contrários díspares e desafinados
numa única e feroz atitude: a raiva.
Cheguei infinitamente ao nada. E na minha satisfação de ter
alcançado em mim o mínimo de existência, apenas a necessária respiração - então estou livre.
Só me resta inventar. Mas aviso-me logo: eu sou incômodo.
Incômodo para mim mesmo.
Sinto-me desconfortável nesse corpo que é bagagem minha.

Clarice Lispector
A despedida traz uma dor indescritível que não consigo direcionar para nenhum lugar que não seja o coração. De fato, nunca me sobra um pedaço de chão para que eu coloque os pés devidamente firmes. Eu não olhei para trás porque doía. Eu não abracei porque desvencilhar os braços seria grande tarefa para um coração já tão atormentado pela saudade. E corri porque vê-lo sorrir foi o último golpe que eu poderia sustentar - arrebatador. E só me apetecia dizer de todas as formas (im)possíveis o quanto eu amo e ponto final. Hoje nenhuma frase da Clarice representaria o vazio que sinto: a saudade irremediável, a solidão deprimente, o cansaço de possuir todos os sentimentos do mundo. Eu só queria ficar. E eu bem sei que nessa atual conjuntura é pedir demais.

Pedaço de mim...


"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus"

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

This love!


Não tenho facilidade de escrever, minha facilidade consiste em sentir, tanto que às vezes tenho dificuldade de expressar o que sinto por ser algo tão complexo se movendo dentro de mim... é um sentir tão profundo que não sei usar palavras. As palavras não me afetam, o 'sentir' sim, me atordoa. Escrever então seria uma forma de anestesiar, fugir, abafar ou quem sabe, abrir as portas dos sótãos mais profundos da minha vida, prender num papel o que está preso na alma. Escrevo como quem se desespera, para amparar as lágrimas já secas. Escrevo porque sinto demais. Sentir demais é angustiante, exaustivo, sufocante, chega a ser extasiadamente doloroso. É como se acorrentassem o peito e enforcassem o coração. Escrevo talvez para dividir com as palavras a dor do toque causada pelo sentir. Quando é doce, até me esqueço. Mas quando amargo, tira-me desta vida!
"Vou confessar!
Tenho um desejo escondido,
bem guardado,
lá no fundo do que dizem ser alma.
É meu
e é secreto!
Guardo-o até de mim mesma.
Se eu me contar,
poderei causar um desastre
ao que chamo de
"sossêgo camuflado".
Mas posso contar que
apreciá-lo seria único
e incrivelmente esplendoroso.
E mais uma vez confesso,
pouco me importaria
com o desastre
a mim pré-destinado."

Sim, eu já ouvi...!!!
Pare de gritar na
minha mente
porque ela faz
meu corpo inteiro
se apertar
em um espaço
que não me cabe...!!!

Clarice Lispector

"Refugio-me na loucura porque não me resta o chato meio termo das coisas em comum. (...) A vida é pouco a pouco. Hoje dou meio passo, depois de amanhã dou mais meio passo. Que impaciência. Quero engolir a vida de um só trago e depois talvez algo como morrer. Mas meu próprio sangue é lento"
= Um sopro de vida =
Ouvi o som do tempo ameaçar meu destino.
O que sinto é indescritível, através do silêncio me comunico bem melhor.
É como códigos escritos em alguma parede em ruínas, perdida pelos tempos...
ou como nuvens que tomam forma no céu, que a cada vento que passa, tomam uma forma diferente.
Sinto-me como uma estrela cadente,
estilhaçada em cacos pelo chão,
com o brilho perdido
no alto, lá em cima, intocável,
sem notas musicais ou melodias.
No mais, nada extraordinário ou tocante,
apenas uma sobrevivente em meio a tantas armas e dor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tom Black!

Certamente umas das melhores apresentações da noite!
Fico me perguntando, por que com tanto talento espalhado pelo mundo, ainda tem gente que perde tempo cultuando mulher fruta?
Não posso com trem desses não!
Apresentação esplêndida, voz maravilhosa...Por que vc ficou escondido por tanto tempo menino? Sua voz é deliciosa!!!

Já sou fã!!!!

Nise Palhares...

Estou cada dia mais apaixonada por você e fascinada pela sua voz!
Vc canta demais!!!! Tem talento, tem charme, tem carisma... Independente de qualquer resultado, já sou sua fã! Parabéns!


Muito sucesso!!!

\0/Gadu!!!!

Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer,
Acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha sem ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas

E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver!

Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca

E, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quanto Mais Vela Mais Acesa...



Um dia quando eu não menstruar mais
vou ter saudade desse bicho sangrador mensal
que inda sou
que mata os homens de mistério

Vou ter saudade desse lindo aparente impropério
desse império de gerações absorvidas

Desse desperdício de vidas
que me escorre agora mês de maio.

Ensaio:

Nesse dia vou querer a vida
com pressa
menos intervalo entre uma frase e outra
menos respiração entre um fato e outro
menos intervalos entre um impulso e outro
menos lacunas entre a ação e sua causa
e se Deus não entender, rezarei:

Menos pausa, meu Deus
menos pausa.
Elisa Lucinda

Adorei!!!

"Passou o dia pensativa juntando coragem na saliva até encorpar a voz. Aproveitou o ápice da sua agonia e, num impulso, disse tudo numa sensação só:
“A partir de hoje, decidi gostar de outro”.
No início ele riu da ousadia, mas o silêncio que ela fez em seguida preencheu de sinceridade aquela novidade.
“Você ficou maluca, de onde tirou isso?”
“ É que você nunca gostou de mim no grosso mesmo do sentimento...”
“ Mas ninguém decide que vai gostar de outro de repente e, simplesmente, começa a gostar!”
“ Ah, mas eu decidi... Ele vai realizar um sonho que tenho comigo: ele disse que vai gostar de mim bem do jeitinho que eu gosto de você. A diferença é que eu sei merecer essas coisas...”

(Marla de Queiroz)

"Eu vou esperar você, amor... Pode ser o tempo q for... Eu tenho a eternidade aqui comigo..."

Safena.


Sabe o que é um coração
amar ao máximo de seu sangue?
Bater até o auge de seu baticum?
Não, você não sabe de jeito nenhum.
Agora chega.
Reforma no meu peito!
Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas
aproximem-se!

(...)

Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões
Façam todos suas inscrições.


Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate
O homem que hoje me amar
Encontrará outro lá dentro.
Pois que o mate.


(Elisa Lucinda)

"Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você..."

Da próxima vez...

"A próxima vez que a gente se encontrar
Eu vou te dar um beijo, sem pensar, calado
A próxima vez que a gente se beijar
Eu vou querer o mundo com você, do lado

Por que não tentar comigo?
Por que querer ser seu... Amigo...
Amigo não...
Não há abrigo, não

A próxima vez que a gente se encontrar
Eu vou te dar um beijo, sem pensar, calado
A próxima vez que a gente se beijar
Eu vou querer o mundo com você, do lado

Por que não tentar comigo?
Por que querer ser seu...
Amigo não...
Não há abrigo não

A próxima vez que a gente se encontrar
Eu vou te abraçar
Vou chorar, vou morrer
Só pra te fazer sorrir (sofrer)...

Só pra te fazer sorrir..."

Saudade que não passa e não me deixa em paz...


Você foi uma das melhores coisa que me aconteceu nos últimos tempos!
É quase impossível não sentir a sua falta menino!
Por que você se foi tão cedo, hein?
Saudade dessa alegria contagiante...
Dos telefonemas noturnos...
Das tardes, das noites, do café da manhã preparado por você!
Saudade de me entupir de besteiras com vc! (Vc é responsável por meus quilos a mais)
Saudade de dar uns tapas nessa sua cara lavada.
Saudade das mordidas, dos beliscões...
Saudade de tudo, tudo , tudo!!!!
Será que a gente ainda vai se encontrar?
Como vc tá me fazendo falta!
As coisas por aqui perderam a graça sem você.
Eu não esperava perder você assim!

Espelhos d' água.

"Hum
seus olhos são espelhos d'agua
brilhando você
pra qualquer um
hum
por onde esse amor andava
que não quis você
de jeito algum
hum
que vontade de ter você
que vontade de perguntar
se ainda é cedo
hum
que vontade de merecer
um cantinho do seu olhar
mas tenho medo...!"

E foi então que eu me lembrei desse texto...


Eu não gosto da versão de mim que aparece quando estou com você. Não coloquei aspas na frase, porque ela não é de ninguém, é só reflexão minha mesmo. Acho que ela condensa de forma bem simples porque boa parte dos relacionamentos muda de fase e/ou eventualmente termina.

A pessoa pode ser incrível, maravilhosa, salve, salve; pode ter uma beleza de fazer meio mundo de mulheres (e/ou de homens) desejarem te assassinar de tanta inveja, mas sei lá... Vc vê mais sentido em ficar mudando o canal da tv que em desfrutar da companhia do outro. E aquilo que era encanto é substituído pelo tédio, pela mesmice e pela necessidade (necessidade?) de manter as coisas na posição em que sempre estiveram.

Eu acho isso meio triste. Porque a gente se acostuma. E é preciso maturidade (e coragem) para saber e admitir que às vezes vc só queria menos... Menos qualquer coisa. Pra viver melhor, mais feliz.

Talvez as borrachas sejam necessárias quando a gente muda de narrativas na vida.
Às vezes a gente critica e julga muito esposas e/ou maridos que terminam seus relacionamentos quando melhoram em algum "evento" específico. Coloca na boca palavras de julgamento que apontam a desonestidade daquele que "terminou agora que está bem e terminou a faculdade e/ou conseguiu o emprego dos sonhos e/ou qualquer coisa, mas se não fosse o/a fulano/a nunca teria chegado aonde chegou"...

Eu não acredito em contratos vitalícios. Eu não acredito em relações por obrigação, gratidão e/ou conveniência. Eu não respeito e nunca respeitei pessoas em relações de conveniência. E julgo. Mas é preciso coragem para iniciar um processo de autopercepção que entenda que a conveniência é muito mais ampla do que se imagina e pode estar mesmo assentada sobre o conforto de saber que as "coisas" estão sempre à mão com risco de decepção zero.

"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente.

Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça.
Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não.
Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só. "

Pagu!!!!



"Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Uh! Uh! Uh! Uh!...

Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Hum! Hum! Hum! Hum!
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta...

Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem..."

E agora, o que eu vou fazer?...



...Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo.

"Eu amo construir a mesma estrada com você... Eu amo morar no teu abraço." (M. de Queiroz)

...