terça-feira, 23 de agosto de 2011


Tantos minutos!
Tantas horas!
Tantos dias!
Tantos meses...

Tão dificil caracterizar com palavras a tua falta.
Falta da tua alegria...
Falta do teu otimismo..
Falta da tua displicência...
Falta dos teus abraços...
Falta dos teus beijos...
Falta das tuas brincadeiras...
Falta das chatices...
Falta das bebedeiras...

Hoje faz um ano que você se foi, e tudo aqui ainda lembra você.
Sinto-me honrada por tê-lo conhecido...só lamento que tenhas partido tão cedo.
Nunca vou me esquecer de ti!

Saudades eternas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Coração de pedra?


Percebi que quando estamos apaixonadas, que não é o meu caso, ficamos patéticas, beirando quase ao ridículo. Não sei se quero perder meu bom senso, essa coisas de amor é meio perigosa. Tem coisas que ficam açucaradas demais. E não sei se quero me render a tanta doçura. Não sei se quero sair do meu corpo e ficar flutuando entre princesas, duentes e cavalos brancos.

Fico esperando as palavras voltarem. Entre frases inacabadas, palavras soltas e uma sensação de pouco, de nada, de falta. Um silêncio por dentro que me atormenta. Atormenta porque você consegue ouvir seus medos, suas raivas, suas saudades. E eu escrevo pra poder organizar todo esse sentimento por dentro. Quando as palavras me faltam, fico incompleta. Preciso das palavras para me sentir inteira. Não sei ser pela metade.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Reticências...

[...]
Três pontinhos unidos, poderosos,
retumbantes, silenciosos... gosto.
O ponto final é mais rude. Afirmativo.
Aliás, findar não é tarefa fácil. Nunca é.
É do tipo conclusivo. Absoluto.
Fatal demais. Definitivo demais. Nã... não.
Enquanto um ponto fecha a porta,
as reticências a encostam e deixam uma fresta...
Fica uma espécie de possibilidade no que é reticente.
Tá aí: é isso que me encanta.
Esse caráter de possibilidade...
As reticências são como uma fenda no tempo.
No tempo da fala, no tempo da escrita...
No tempo em que se decide não perder mais tempo.
[...]

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Êxtase infinito


Seu abraço congela- me
não de frio, nem de falta, mas de excesso de calor
congela de tal modo, que não sei o que passou.
Congela pensamentos, congela e eterniza
enquanto só consigo, sentir a suave brisa.
Tenho medo dessa força e do vício que a acompanha
Medo que quando não esteja, toda noite seja estranha
Que depois de subir essa tão alta montanha
Queira perder- me, sem vontade de descer
Tenho medo desse sopro, desse fôlego que traz...
Esse êxtase infinito que só você me faz
Medo de amanhecer e descobrir- me sem paz
Por não sentir seu cheiro e não saber
como ficar sem ele mais.

Nada no bolso, ou nas mãos...♫♪


A instabilidade da vida dói, mas também salva, porque eu sei que quando os ventos do Norte soprarem ao contrário eu quero ir de encontro ao vento...é mais seguro forças voltadas para a luta. Se ele te pega desprevenido, talvez de costas, você vai pro Sul, para as pontas dos oceanos e pode encontrar águas turbulentas, rostos imprecisos, desmelodias tidas como doces pela maioria, você vai.... pra onde o vento soprar.... e talvez nunca mais volte.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Faça!!!!

Mexa. Pule. Corra. Arrisque. Busque. Procure. Encontre. Chore. Sorria. Sonhe. Aconteça. Vibre. Cobre. Realize. Ame. Siga. Grite. Tente. Viva.

Não duvide. Não desperdiçe. Não pare. Não deixe de fazer tudo que se tem vontade, mesmo que seja realizar a viagem dos seus sonhos, ou simplesmente dar aquele sorriso sincero para quem merece.



O que importa mesmo é o 'tempo'..do verbo. :P

Sorte ou Destino?

“Um certo filósofo diz que nos apaixonamos para corrigir o nosso passado. É uma ideia que pode não passar pela nossa cabeça, quando vemos alguém e o coração dispara, mas secretamente, a intenção já existe: você está em busca de uma nova chance de acertar, de se reafirmar.


Seu coração apenas dá a deixa quando você encontra a pessoa com quem colocar o plano em prática. [...] A sorte como definidor do rumo da nossa vida. O acaso como nosso aliado. Você pode escolher livremente se a felicidade depende de nossas escolhas, é da sorte a última palavra”.Martha Medeiros

Por ora, nada mais a declarar.

Biquini Cavadão - Você Existe Eu Sei


Essa música é tocante...muito linda!

O Biquini bem que podia cantá-la nos shows...

São tres músicas que sinto falta nos shows da banda: esta(claro), Escuta Aqui e Sabor do Sol!

Biquini é uma das poucas grandes bandas que nos resta...nao essa porcariada toda que ultimamente vem aparecendo!

segunda-feira, 27 de junho de 2011


"Eu não sou fácil, não me vendo, não aceito migalhas, não gosto de metades. Sou um império do bem e do mal. Sou erótica, sou neurótica. Sou boa, sou má. Sou biscoito de polvilho. Açúcar, sal, mousse de maracujá. Só não sou um brinquedinho. Que alguém joga no canto do quarto quando não quer mais brincar. Sou um pacote. Uma mala. Sou difícil de carregar..."

Sobre mim...


Desejo com mais intensidade do que amo;

Deixo de amar com a facilidade de um começo.

Jogo tudo pro alto sem medo.

Adoro mudar;

Odeio mudanças.

Mudo de opinião e assunto sem nenhuma linha de raciocínio lógico.

Não gosto de falar da vida dos outros: Prefiro falar da minha, sou uma fonte segura de informações sobre mim mesma.

Adoro me contradizer;

Odeio contradições.

Amo o prazer e aproveito sem medo e sem arrependimento. Já que ninguém vai se preocupar com o meu bem-estar e diversão, eu cuido disso da melhor maneira, e talvez seja bom pra mim e pra outros...

Promíscua? Não, hedonista por conveniência.

Pessimista,

Inconstante.

Falo de mais,

Não sei não ajudar um amigo,

Sou fiel aos que amo,

Perdôo quem eu julgo digno de perdão. E digo isso não por me sentir a dona da razão e saber exatamente o que é certo e o que é errado, mas por ter consciência de que aqueles que dizem perdoar tudo estão mentindo, aqueles que não perdoam não tem coração e aqueles que julgam que perdão deve ser confiado a Deus é porque não tem capacidade para saber o que é certo e errado pra si.

A minha razão faço eu, na verdade todos nós fazemos as nossas razões e poucos são os que têm consciência disso. E é tudo isso torna o conceito de bem e mal relativo... e fascinante.

Gosto de errar e às vezes faço de propósito: é como uma forma de lembrar a mim mesma, todos os dias, que eu não sou perfeita e nem sempre tenho razão.

Essas são as maiores lições que eu aprendo e o melhor disso tudo é saber que ninguém precisou me ensinar.

Contradições? Talvez duplo sentido.

Minha especialidade, e acredite: confio e sigo todas as linhas do meu raciocínio.

Uma por dia.

Inconstante? Talvez caleidoscópica.

E é assim que eu me perco no meu infinito particular...

terça-feira, 21 de junho de 2011

De corpo, espírito, alma...



["O homem ideal e outras conversas". Ed. Talon Rouge.]

Meu namorado imaginário tem mais ou menos a mesma idade que eu, não fuma, gosta de filosofia (pode não entender nada, mas tem que achar lindo!rs), não tem história mal-resolvida com ninguém, gosta de cinema, domingo em casa, passeio no parque, e é absolutamente encantado pela beleza das coisas pequenas.... um cheiro, um beijo, um carinho, um jasmim. Sem motivos. A gente tem um cachorro (que pode morar na casa dele, já que meu apartamento é MUITO pequeno), planos compartilhados de visitar o Oriente, plantar flores num jardim e passar férias longas em um país estrangeiro. Desses bem esquisito. A gente se entende pelo olho, pele, saliva, coração. Nosso tesão começa é na alma. Só que explode.

Meu namorado imaginário tem o sorriso mais bonito do planeta terra. E quando sorri de cantinho (disfarçando pra eu não ver que ele não gostou do meu sapato cor de melancia), eu finjo que fico brava mas na verdade eu acho lindo. E ele me abraça de um jeito que me faz sentir mais perto de Deus. E a gente se encontra naquele intervalo entre as coisas que são ditas e as coisas que as palavras não alcançam... e se transubstancia... em galáxias, cores, cometas, estrelas, incandescências... tudo ao mesmo tempo.... (imanências).

Meu namorado imaginário, às vezes vai comprar pão quentinho de manhã bem cedo, mas às vezes fica na cama ronronando feito um gatinho, cheio de manha, até tarde enquanto pede mais um dengo emburrado. E a gente se embola num aconchego gostoso de quem esqueceu que segunda é dia de trabalho... e as histórias de domingo estampam sorrisos mudos que nos escorrem pelos olhos. E a gente chora sem lágrimas. E se sente meio como numa história de cinema. Francês.

Meu namorado imaginário apóia meus sonhos, mesmo que não concorde com eles. É um homem que admiro muito mais do que consigo expressar com palavras. Tem manias tão irritantes quanto lindas que nos rendem as mais inusitadas histórias. Como ter medo de escuro ou não lavar a camisa em dia de jogo contra o Palmeiras. Ele me ensina a ser uma pessoa melhor. E me entende quando eu não consigo. Porque ninguém consegue às vezes. Nem ele.

Com meu namorado imaginário cada dia é um mergulho. E eu não preciso ter medo, porque nosso desejo é enternecer nosso universo. De um jeito que a gente não entende, mas que vibra e de repente faz tudo parecer que tem sentido. E a gente entende, como naquele texto da Marla, que encontramos leveza nas emoções que nos transbordaram porque estávamos prontos.... e escrevemos um dicionário de palavras distraídas. Adentramos no corpo de um poema recente, ainda disforme e falamos de amor usando a metáfora mais inocente... E então agradecemos profundamente por esta outra pessoa inteira, que jamais será uma metade e que, para a soma, com todas as alternativas que teve, preferiu seguir ... "ti a mim, me a ti, e tanto"...

Quando? Onde? Quem? Eu não sei. Mas talvez, como numa metáfora de cinema, o mais importante seja mesmo a jornada e não a meta.... Um dia a gente se encontra e ele me reconhece. Tenho fé em Deus.


Cá estou eu...


Só acredito no que posso sentir, o resto é inexpressivo e quase não ocupa espaço em mim.
Meus sentimentos são escancarados e quando não os declaro, meu coração diminui.
A intensidade e a sutileza misturam-se ao paradoxo de mulher que sou, mas às vezes, tudo que ofereço é uma menina que aprendeu a usar salto alto.
Sou o que revelo, o que escondo e irremediavelmente o que surpreendo.
Quero a entrega incondicional de duas almas que se amam mesmo havendo um milhão de motivos para o amor não acontecer e quero mais, muito mais.
Já descobri que estar perto não significa estar junto e que amor de verdade tem asas, voa alto e nos alcança em qualquer lugar.
Nunca serei uma quase amiga, ninguém jamais terá metade do meu amor ou estarei um pouco apaixonada.
Sou a ansiosa e a imediatista com predileção pelo inteiro e pelo demorado. A espaçosa que vem aprendendo a ser compacta.
Não preciso de muito para amar, mas preciso de bons motivos para confiar. Sou leal e admiro quem seja também.
Adoro banho de chuva e quando não quero, ninguém tira os meus pés do chão ou me derruba de uma nuvem.
Sou intensa, visceral e serena, não confunda com calma, sou no máximo tranquila, controlada e sem garantias.
Já aprendi a lidar com meus defeitos e hoje vivemos em paz.. Eles, eu e algumas brigas eventuais.
O amor é a minha religião, o coração o meu ponto fraco e a mente o meu ponto G.
Procuro não julgar e geralmente estou disposta a ouvir o que as pessoas tem a dizer, é o meu segredo para ser mais paciente e compreensiva do que realmente sou..
Minha filosofia é simples, quem ouve compreende e quem compreende sempre perdoa, mesmo nunca esquecendo. E eu sou a que, cedo ou tarde, sempre perdoa. É o que me traz P L E N I T U D E.
Creio que não existe conquista maior do que AMAR, essa é a única salvação individual em que acredito.. Amar a Deus, a si mesmo e aos outros, já que o tempo não cura nada e só leva a fama porque o amor trabalha em silêncio.
Sou educada por criação, administradora por formação, doce por natureza e brava por poder de indignação.
Minha loucura é consciente, rejeito a normalidade e ainda acredito na humanidade porque não consigo deixar de acreditar nas pessoas...


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Iminência


Preciso me retirar. Não para o alto de uma montanha cercada por monges budistas. Preciso me retirar de mim. Ou, melhor, preciso retirar de mim esse olor chamado iminência que me tomou por completo nos últimos tempos e me distanciou da minha essência.

Continuo sabendo onde estou e para onde quero ir, mas isso não é o suficiente para que eu saiba de mim e me reconheça em cada verbo.

Ando me atirando em certos abismos por pura vaidade e isso nada tem haver com a minha verdade de pássaro que voa por amor ao céu e não para acariciar olhares.

Tudo são fases, bem sei, mas toda fase tem a sua face e a minha , nesse momento, desconheço. Não sei se de dama ou menina. Não sei se de puta ou de santa. Não sei se de culpada ou inocente.

Pressinto que meus passos estão largos demais para o tempo que habitam e embora saiba que se faz urgente parar, não consigo. Eu caminho na vastidão da noite escura, mas a iminência caminha com seu vestido seda púrpura.

Por isso preciso me retirar. Me retirar pra vigiar aquela que caminha enquanto não durmo e que me deixa pálida com olheiras de espera.

A minha força nunca seca, pois nasce e deságua num abraço manso. Não há foice que me alcance, pedras que prendam, nem preces que me faça outra.

Me retiro de mim ,hoje, para conceber com olhos de afeto aquilo que tiver que acontecer.
Eu nunca acreditei em alma gêmea ou metade da laranja, pra mim são invenções poéticas, assim como também não concordo que o amor só visita uma única vez a nossa vida... a vida é tão dinâmica, tão cheia de infinitas possibilidades que pode ser que algumas pessoas vivenciem isso algumas vezes mais que outras, assim como pode ser que algumas pessoas nunca vivenciem isso... é que o amor é tão complexo que o seu 'surgimento' depende de tantas variáveis aleatórias que as pessoas não satisfeitas com toda essa complexidade ainda se permitem complicar... o processo do amor é complexo, mas amar é simples, se deixar amar também, e é nessa simplicidade que tudo acontece... e pra quem tem o coração aberto, um dia acontece... tenho certeza disso!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um misto de sensações...

Estranha sensação. Parece algo quebrado, trincado ou simplismente arranhado, não sei definir. Alguma coisa aqui dentro parece fora do lugar, uma peça solta, uma parte não colocada de algo que eu nem sei bem o que é. Não é vazio, mas também não é bom. Entre o sim e o não , é sempre o talvez que me mata. O talvez é angustiante, a indefinição, o quem sabe...Difícil manter as certezas firmes diante das incertezas. Fazer planos em relação ao que não está em minhas mãos, pura burrice. Em tantos anos, ainda não aprendi que as coisas andam conforme seu próprio ritmo, independente do quanto eu queira que mudem ou se resolvam. Se um dia eu puder falar com Deus, vou perguntar a ele, por que é que o ritmo do mundo, o ritmo das coisas, normalmente não combina com ritmo da nossa vontade, do nosso coração...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Enflorecida...


A gente fica procurando a felicidade última, aquela que nos trará o nirvana ou êxtase definitivo, que esquece de se dar conta sobre como já é infinitamente feliz em muitas das nossas experiências cotidianas... e esse meu fim de semana foi assim... de (re)descobertas... de valorizar as coisas boas que já acontecem conosco, de valorizar os presentes que o universo já concede e às vezes a gente perde porque, apesar de ter olhos, simplesmente não conseguia ver...


Porque felicidade é uma coisa de pele. De sentir na pele uma leveza e um sorriso, que transparece e extravasa porque não conseguia mais ser contido...


"... As flores não têm porquês. Florescem porque florescem. Pensei que seria bom se também nós fôssemos como as plantas, que nossas ações fossem um puro transbordar de vitalidade, uma pura explosão de uma beleza que cresceu por dentro e não mais pode ser guardada.

Sem razões. Por puro prazer."



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lágrimas Ocultas

Assistindo ontem ao seriado Divã, deparei-me com esse maravilhoso poema da Florbela Espanca...Não poderia deixar de compartilha-lo com vocês, seria um verdadeiro crime! E aí vai...

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

domingo, 24 de abril de 2011

Charlie Brown Jr. - Me Encontra

E mais uma vez me pego pensando sobre a vida. Ontem, de uma hora pra outra, a mãe de um amigo meu faleceu. Fui tomada por uma sensação esquisita... Morte, vida, morte, aqui, agora, efêmero. Me sinto desperdiçando tanta coisa... Esse momento, esse segundo, esse instante, esse sentimento.
Acordei cedo, noite estranha. Sono pesado, sensação na garganta. Metáforas na vida, metáforas. E-mails que não consigo responder, telefonemas que não consigo realizar, adiamentos. De quê?
Quando a gente põe tudo em perspectiva com a morte, todo o resto parece tão pequeno...... e nenhuma intolerância, ou aborrecimento parece mais fazer qualquer sentido. É quando tudo se preenche da mais absurda saudade e do mais intenso arrependimento por todas as oportunidades desperdiçadas.

Se eu deixasse de existir agora... que diferença eu faria? Que diferença eu teria feito? Que dores ou alegrias deixaria? O que eu construí de significativo e intenso? Amo violentamente algumas pessoas nesse mundo. Mas e se eu morresse será que eu teria contribuído para tormar a vida delas.... feliz?

Só tô confusa. Não sei o que eu quero, mas sei que todo o tempo do mundo é uma ilusão que a gente cria.

Nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e som. E, como já cantava o Lulu, há certas coisas que eu não sei dizer.........

Saudades ...Oito meses convivendo com sua ausência!




Engraçado como a dor mais profunda, com o passar do tempo, vai sendo substituída pela saudade mais alegre que vem com as lembranças das vivências compartilhadas entre a gente. E a gente chora agradecendo pq um dia esteve perto e junto... e tem certeza de que perto disso todo o resto nem importa. E gente chora... feliz.

Coisas que eu nunca ia fazer


Sensacional essa roda gigante que é a vida. Conversando mais cedo com um amigo no msn me dei conta que nos últimos meses, deliciosamente, fiz coisas que professei a plenos pulmões que jamais iria fazer... E que delícia! Que delícia....

Que delícia que é mudar de opinião, ressignificar-se, redescobrir-se, começar e recomeçar, tudo de novo e de novo.... Renascimentos. Redescobertas...

Este texto não vai ficar bonito... é que ele não nasceu pra ser literário mesmo. É que me deu vontade de falar das coisas e de pensar nas coisas e, por escrito, eu sempre fiz isso melhor... :)

Quero pensar, então escrevo!


Tenho ouvido ha dois dias insistentemente a cancao do Charlie Brown. Engracado eh que canto como se fosse uma oracao.... um mantra, sabe?

Recado:
Sapo encantado, wherever you are, nao precisa se apressar, eu tenho tempo... mas, quando o universo girar... "me encontra... ou deixa eu te encontrar.... me encontra.... deixa eu te encontrar...." :)

A musica eh fofa. Gostei.



Entro na Fnac, me dirijo à seção de livros, estante de poesia brasileira, e me deparo com uma cena inusitada: uma menina de uns 11 anos, deitada, com um monte de volumes abertos ao seu redor, ao lado de um cara franzino que, de relance, julguei ser um amiguinho, mas depois descubro que era o pai. Dou uma olhada nos livros espalhados e qual não é a minha surpresa: Cecília Meireles, uma Cora Coralina e até um glorioso Manoel de Barros! Mas o melhor vem depois. A menina, decidida, mostra a capa ao sujeito meio fracote e roga: "Pai, compra esse?". Era um do Quintana. E o cara responde: "Filha, o pai já comprou muitos livros para você hoje, não é?". Ela parece concordar, mas emenda: "E quando é que a gente vai a uma livraria de novo?". E o magrelo: "No fim de semana a gente vai na Cultura". A garotinha, como quem assina um contrato, encerra: "Então tá".

Eu, que pude levar um Quintana, pensei:
"Ainda vou ter uma dessas".


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vem e me arrebata. Revolve meus cabelos, golpeia meu juízo, suga minha fala. Arranca a minha voz, a falsa calma, transborda meu sorriso. Seja aquele!
Devassa meus limites, derrete meu pudor entre teus dedos. Rasga minha carne rubra de desejos.
Deposita em mim a essência morna dos teus beijos, cola teus versos de sal e alinhava teu poema em meus cabelos!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Movida a vapor...

Não são as pessoas. Eu é que espero demais. Por isso é que cada pequena decepção soa como um soco no estômago, uma punhalada em um órgão vital, que sangra até que se esvaia o mínimo resquício de sorriso. Mas é tudo porque eu espero demais. Espero sorrisos, carinho e compreensão demais. Espero demonstrações públicas de afeto, palavras ditas com sinceridade escancarada. Espero certezas e tudo que possuo são dúvidas. Espero respostas , mas só o que encontro são mais e mais perguntas. Preciso de uma fórmula que ensine o meu coração a ter paciência, que ensine o meu humor a ser mais estável, mais passível , mais pacato...

Pensamentos difusos em um dia de calor sufocante

Ia sair, desisti. Tão quente em Brasília.... Mas sei lá, acho que o nome disso que sinto nem é calor, é mais letargia. Ausência de vontade de fazer qualquer coisa, sei lá....

Queria escrever um texto pra uma amiga, organizando algumas coisas sobre as quais conversamos no msn. Conversas perdidas sobre amores, reais e inventados, (in)correspondidos ou não. Mas deu preguiça. Acho que hoje deu foi preguiça de mim.

Preguiça de falar, de insistir... de começar do zero e de novo. Preguiça de tentar. De conhecer ou reconhecer, e acreditar, se deixar levar, de qualquer forma que seja.

Janelas abertas, entra um vento fresquinho que se mistura com o mormaço do clima quente e da minha lentidão de idéias...

Queria me bastar... mas não, não me basto. Queria me revestir de narrativa de auto-suficiência (eu até acho que elas são fortes em mim), mas é que hoje eu não quero.


sexta-feira, 4 de março de 2011

Corpos Gêmeos?



[Texto de G. Merengue, música de Rufus Wainwright.]


Todo mundo conhece a velha história das 'almas gêmeas'. Elas são, segundo a crença, pessoas que nasceram umas para as outras, criaturas predestinadas a viver juntas. Tá... Mas e os corpos gêmeos?

Enquanto a idéia de almas gêmeas tem uma grandeza espiritual praticamente épica, o conceito de corpo gêmeo se mantém no campo sexual. Não são pessoas que se dão bem, nem estão prestes a viver uma linda história. Tais seres combinam apenas no sexo. Mas combinam muito. Afinam-se perfeitamente. É essa a idéia dos corpos gêmeos. As almas não têm nada a ver com isso. Sexo é coisa de carne, não de espírito.
(Observação: ok, ok, claro que "com amor é mais gostoso", como diria – se não diz, deveria dizer – alguma velha música.)

Quando alguém acredita na idéia de alma gêmea, a crença ganha força diante do bem-estar e da paz de espírito que essa pessoa provoca, bem como a extrema e inequívoca felicidade que se sente diante do convívio. No caso dos corpos gêmeos, tudo é bem mais objetivo. Atesta-se sem grandes delongas, por meio dos intensos e infalíveis orgasmos. (...)
Não acredito tanto assim em almas gêmeas, mas tenho a mais plena certeza de que os corpos gêmeos existem. A parte bizarra nisso tudo é que a maioria (sim, a maioria) não se envolve pra valer com o respectivo corpo gêmeo. Vai entender, né? Em alguns casos, preferem a união com quem tenham a alma gêmea (ainda que "bivitelina"), em vez de se juntar com quem tenham afinidade sexual inescapável. Daí, claro, acontece aquele monte de coisa que bem sabemos. O casório "vai bem, obrigado", mas lá pelas tantas rola uma pulada de cerca, duas, três, quatro até que ou rola divórcio ou a velha fachada.

Minha dica é a seguinte: namorem com o 'corpo gêmeo'. Arrisquem algo realmente sério. Pode acontecer de não dar certo, e até mesmo a afinidade sexual ir pro espaço. Ou então, ora bolas!, pode acontecer de tudo dar muito certo, sim.

Nesse caso, vocês vão me agradecer.


*
*


Já publiquei este texto aqui algumas vezes. Gosto do deslocamento que ele propõe, pq somos também o nosso corpo. Mas o detalhe importante que ele deixou de fora é um só, e vou dizer: Sexo é uma delícia, mas se é só isso que você oferece, pelo amor de Deus, depois não exija ser tratado com amor. É patético. Não é porque tradicionalmente as mulheres são educadas para serem mais sensíveis, que não conseguimos distinguir bem quais histórias para nós valem mais que alguns orgasmos e quais histórias não. É só pelo tesão? Sensacional, mas não espere que ela espere (ou deseje!) qualquer outra coisa de você. Muitas vezes um orgasmo é só um orgasmo. E pode não envolver admiração, carinho, vontade de outras coisas.Um lance é um lance, um romance é um romance. Não precisa ser inteligente pra entender.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Esperanças renovadas...



Cortar o tempo

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.!"








"Morro de saudade. Que coisa maluca a distância, a memória. Como um filtro, um filtro seletivo, vão ficando apenas as coisas e as pessoas que realmente contam."

(Caio Fernando Abreu)