quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Não tá fácil!




Esse fim de ano está agitado. Em meio a uma enorme tragédia a galera do Congresso Nacional não dormiu no ponto e aproveitou a noite de ontem para pintar e bordar. Votaram projetos de lei absurdos. Um deles propõe a redução dos gastos públicos por 20 anos. A questão é, querem reduzir os investimentos no País, enquanto vivem às nossas expensas. Não é possível que as pessoas sejam tão sórdidas assim. Os caras têm segurança particular, carro, auxílio moradia, cartão corporativo, passagens aéreas, salários altíssimos, auxílio terno e querem que seja votada uma medida que mexa no direito de quem já faz um esforço danado para viver com tão pouco? Poxa, mas o País está em crise...É mesmo? Então por que não cortam na própria carne? Por que raios foi dado  aumento ao judiciário? Isso, sem falar no quanto se gasta em publicidade para justificar que as medidas que estão sendo tomadas são boas para população.
O outro fator que gera revolta, é o fato de votarem o projeto de lei contra corrupção, com emendas que os beneficiam, e que afrontam quem de fato espera punição para quem rouba recursos públicos ou se aproveita do cargo em benefício próprio. Para mim são esses os verdadeiros vândalos. Opa, tem até emenda para intimidar as investigações...para deixar de punir quem enriqueça ilicitamente. O Presidente da Câmara dos deputados diz que:  " o plenário é SOBERANO pra decidir" . Durmam com essa! Uai, e o que houve sobre ouvir as vozes das ruas?
É um escárnio, uma vergonha, uma total falta de respeito com o cidadão. Zombam da nossa cara. E o que me intriga é: Todo circo montado no país meses atrás, onde estes mesmos deputados bradavam histéricos contra o fim da corrupção, era para que mesmo? E ainda há quem acredite que esses “nobres senhores” estão de fato preocupados com o futuro do País. Tempos sombrios estão por vir e acreditem, isso não é novidade para mim.

“Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações...”