domingo, 24 de abril de 2011

E mais uma vez me pego pensando sobre a vida. Ontem, de uma hora pra outra, a mãe de um amigo meu faleceu. Fui tomada por uma sensação esquisita... Morte, vida, morte, aqui, agora, efêmero. Me sinto desperdiçando tanta coisa... Esse momento, esse segundo, esse instante, esse sentimento.
Acordei cedo, noite estranha. Sono pesado, sensação na garganta. Metáforas na vida, metáforas. E-mails que não consigo responder, telefonemas que não consigo realizar, adiamentos. De quê?
Quando a gente põe tudo em perspectiva com a morte, todo o resto parece tão pequeno...... e nenhuma intolerância, ou aborrecimento parece mais fazer qualquer sentido. É quando tudo se preenche da mais absurda saudade e do mais intenso arrependimento por todas as oportunidades desperdiçadas.

Se eu deixasse de existir agora... que diferença eu faria? Que diferença eu teria feito? Que dores ou alegrias deixaria? O que eu construí de significativo e intenso? Amo violentamente algumas pessoas nesse mundo. Mas e se eu morresse será que eu teria contribuído para tormar a vida delas.... feliz?

Só tô confusa. Não sei o que eu quero, mas sei que todo o tempo do mundo é uma ilusão que a gente cria.

Nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e som. E, como já cantava o Lulu, há certas coisas que eu não sei dizer.........

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