"Há almas que têm as dores secretas, as portas abertas sempre pra dor. Há almas que têm juízo e vontades, alguma bondade e algum amor. Há almas que têm espaços vazios, amores vadios, restos de emoção. Há almas que têm a mais louca alegria, que é quase agonia, quase profissão... A minha alma tem um corpo moreno, nem sempre sereno, nem sempre explosão. Feliz esta alma que vive comigo, que vai onde eu sigo o meu coração "
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
A despedida traz uma dor indescritível que não consigo direcionar para nenhum lugar que não seja o coração. De fato, nunca me sobra um pedaço de chão para que eu coloque os pés devidamente firmes. Eu não olhei para trás porque doía. Eu não abracei porque desvencilhar os braços seria grande tarefa para um coração já tão atormentado pela saudade. E corri porque vê-lo sorrir foi o último golpe que eu poderia sustentar - arrebatador. E só me apetecia dizer de todas as formas (im)possíveis o quanto eu amo e ponto final. Hoje nenhuma frase da Clarice representaria o vazio que sinto: a saudade irremediável, a solidão deprimente, o cansaço de possuir todos os sentimentos do mundo. Eu só queria ficar. E eu bem sei que nessa atual conjuntura é pedir demais.
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