"Há almas que têm as dores secretas, as portas abertas sempre pra dor. Há almas que têm juízo e vontades, alguma bondade e algum amor. Há almas que têm espaços vazios, amores vadios, restos de emoção. Há almas que têm a mais louca alegria, que é quase agonia, quase profissão... A minha alma tem um corpo moreno, nem sempre sereno, nem sempre explosão. Feliz esta alma que vive comigo, que vai onde eu sigo o meu coração "
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Não tenho facilidade de escrever, minha facilidade consiste em sentir, tanto que às vezes tenho dificuldade de expressar o que sinto por ser algo tão complexo se movendo dentro de mim... é um sentir tão profundo que não sei usar palavras. As palavras não me afetam, o 'sentir' sim, me atordoa. Escrever então seria uma forma de anestesiar, fugir, abafar ou quem sabe, abrir as portas dos sótãos mais profundos da minha vida, prender num papel o que está preso na alma. Escrevo como quem se desespera, para amparar as lágrimas já secas. Escrevo porque sinto demais. Sentir demais é angustiante, exaustivo, sufocante, chega a ser extasiadamente doloroso. É como se acorrentassem o peito e enforcassem o coração. Escrevo talvez para dividir com as palavras a dor do toque causada pelo sentir. Quando é doce, até me esqueço. Mas quando amargo, tira-me desta vida!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário