quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E foi então que eu me lembrei desse texto...


Eu não gosto da versão de mim que aparece quando estou com você. Não coloquei aspas na frase, porque ela não é de ninguém, é só reflexão minha mesmo. Acho que ela condensa de forma bem simples porque boa parte dos relacionamentos muda de fase e/ou eventualmente termina.

A pessoa pode ser incrível, maravilhosa, salve, salve; pode ter uma beleza de fazer meio mundo de mulheres (e/ou de homens) desejarem te assassinar de tanta inveja, mas sei lá... Vc vê mais sentido em ficar mudando o canal da tv que em desfrutar da companhia do outro. E aquilo que era encanto é substituído pelo tédio, pela mesmice e pela necessidade (necessidade?) de manter as coisas na posição em que sempre estiveram.

Eu acho isso meio triste. Porque a gente se acostuma. E é preciso maturidade (e coragem) para saber e admitir que às vezes vc só queria menos... Menos qualquer coisa. Pra viver melhor, mais feliz.

Talvez as borrachas sejam necessárias quando a gente muda de narrativas na vida.
Às vezes a gente critica e julga muito esposas e/ou maridos que terminam seus relacionamentos quando melhoram em algum "evento" específico. Coloca na boca palavras de julgamento que apontam a desonestidade daquele que "terminou agora que está bem e terminou a faculdade e/ou conseguiu o emprego dos sonhos e/ou qualquer coisa, mas se não fosse o/a fulano/a nunca teria chegado aonde chegou"...

Eu não acredito em contratos vitalícios. Eu não acredito em relações por obrigação, gratidão e/ou conveniência. Eu não respeito e nunca respeitei pessoas em relações de conveniência. E julgo. Mas é preciso coragem para iniciar um processo de autopercepção que entenda que a conveniência é muito mais ampla do que se imagina e pode estar mesmo assentada sobre o conforto de saber que as "coisas" estão sempre à mão com risco de decepção zero.

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