quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Antisocial x contra-social

Ser antisocial é menosprezar o contato humano, é desistir de se importar, é desconsiderar a importância do próximo... eu sou antisocial!
Pra mim a vida do próximo é besteira, eu que viva, ele que tente viver! Egoísmo? Sim, porque não, todos somos egoístas, em algum nível, o mais santo dos santos tinha motivos para se manter isolado, seja em estudos, seja na palavra de deus, e isso é egoísmo para os necessitados, ou não?
Eu abraço a auto-exaltação, porque se não partir de mim, não partirá de mais ninguém, reconhecimento é balela social pra quem faz uma excentricidade, eu prefiro ser exclusivo para eu mesmo, vivo como narciso viveu e morreu, encantado cosigo próprio...
Mas isso não implica em ser contra a socialização, pois preciso do contato humano, senão quem realizará as funções que desprezo? Quem tornará minha existência menos ruim? Com que compararia os sufrágios da vida? ahhh, o anarquismo social é péssimo, diria até anti-humano, as regras são simples, mas existem, os paradigmas existem e são odiados, mas não por mim, pra mim regras e paradigmas servem para manter minha antisocialização sem ser contrário a sociedade!!
Criamos um modelo de relacionamentos despretensuoso, desinibido, invariavelmente pobre... dá-se preferência as banalidades das pessoas e as frivolidades da vida, e o encaixe social se dá, exatamente, em corroborar com essa estupidez! Me nego, veementemente!
Prefiro desprezar o próximo e viver cordialmente descordando de tudo e de todos, fechado numa realidade absolutamente minha, embora enganando as necessidades socializantes do mundo... Vivo, portanto, na farsa social que os homens criam... e que eu deturpo ainda mais a meu bel prazer...
E o porque disso tudo? Porque estou desacreditado, incrédulo nas capacidades humanas, ou, ao menos, nas capacidades desta raça ignorante de conviver, escolho o caminho mais rápido e fácil, ao invés de permanecer no sistema e mudar, ou ao menos conviver, prefiro me revoltar, interiormente, e deixar pra lá... que se exploda! É mais ou menos o que eu espero...
Eu sou, portanto, uma sociopata, ou assim me caracterizam, no entanto, sou improdutiva, pois apesar de todos os desmerecimentos, há loucos que ainda se consideram merecedores de minha presença social...

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