quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Detesto isso...

Não sou fiel apreciadora dessa vida ridícula que tomamos, cheia de solavancos e falhas e problemas, uma realidade inflexível e desonesta...
Mas ainda assim me constrange ver as coisas acontecerem dessa forma, os momentos passando relapsos e as boas coisas desapercebidas... E olhem que eu não sou muito vivaz para perceber nada... Na verdade, por vezes creio ser incapaz de crer na realidade cuspida na minha cara, talvez seja um mal de criação, aprendi que não se deve demonstrar a confiança aos outros, sobre pena de ser sobrepujado, por isso mesmo nem mesmo as pessoas que mais confio sabem da confiança que tenho nelas e as que menos confio se julgam prazerosas de uma amizade mutuamente profícua... Mas em minha vida aprendi apenas a não deixar algumas tendências éticas e morais para as quais fui criado serem livremente exibidas ao mundo... Aprendi isso de maneiras muito traumáticas, e com elas reprime as bondades e simpatias que já tive...
Hoje, o mundo merece meu sarcasmo, meu estado agressivo e auto-depreciativo, o que dizer então da falsidade e da imprudência, não me importo mais em ser bode expiatório para realidades não ditas, e menos ainda tenho ligado para omitir verdades que seriam melhor ditas... Simplesmente abandonei as esperanças de um mundo como fui criado para crer que fosse...
Existe uma pessoa que é capaz de me descrever exatamente como eu sou, mas ela guarda para si todas as verdades que possuo, existe uma outra que é capaz de ler por todas as máscaras e falsidades erigidas ultimamente e literalmente fazer desmoronar as mentiras construídas no que chamo de vida... E faz falta ter alguém que compreenda sem precisar explicar mais nada... E são poucas as pessoas assim na vida... Eu imagino que seja, ao menos para alguém como eu...
Ainda assim, mentira sobre mentira, muro por muro erigido no isolacionismo da vida, as coisas permanecem em aberto, cada vez menos agradável, dá até para sentir os ventos de uma mudança que precisa vir, senão tudo vai se tornar muito insuficiente...

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